O mercado de câmbio foi influenciado nesta quarta-feira, 13, principalmente por dois fatores. Pela manhã, alguns dados positivos da China impulsionaram o petróleo no mercado internacional e fizeram o dólar ceder ante várias divisas de exportadores de commodities, como o real. À tarde, números ruins de estoques de petróleo nos EUA fizeram o dólar ganhar força. Ainda assim, a moeda americana à vista encerrou cotada nos R$ 4,0102, em queda de 0,83% no Brasil.
Na madrugada desta quarta-feira, a China revelou um superávit comercial de US$ 60,1 bilhões em dezembro, acima da previsão de US$ 53 bilhões. As exportações caíram 1,4% em relação a dezembro de 2014 e as importadores recuaram 7,6%, mas em ambos os casos as previsões eram piores, de -8% e -11%. Outro ponto positivo foram as importações chinesas de petróleo bruto, minério de ferro e cobre, que subiram 9,3%, 11% e 26% no mês passado, na comparação atual.
Foi um alento para divisas de países exportadores de commodities, como o real brasileiro, o dólar australiano e o peso chileno. O petróleo também subia durante a manhã tanto em Londres quanto em Nova York, após os tombos mais recentes. Este cenário fez o dólar marcar a máxima de R$ 4,0159 (-0,69%) às 9h33, para depois buscar patamares ainda mais baixos. Às 12h39, marcou a mínima de R$ 3,9718 (-1,78%).
À tarde, o cenário para o petróleo começou a mudar. O Departamento de Energia dos EUA (DoE) informou que os estoques subiram em 234 mil barris na semana passada, abaixo da previsão de 2,1 milhões. Só que os estoques de gasolina avançaram 8,428 milhões de barris, enquanto a previsão era de 1,9 milhão. E os de destilados subiram em 6,136 milhões, ante 1,3 milhão projetados.
Com a percepção de que a oferta, de fato, está alta, o petróleo Brent virou para o negativo logo após os dados e o WTI desacelerou os ganhos, também virando mais tarde. O dólar acabou ganhando um pouco de força ante várias divisas e, no Brasil, retomou a faixa dos R$ 4,00. Ainda assim, encerrou em queda.