O aumento da confiança na Europa após novos leilões de títulos públicos abriu caminho para a queda do dólar nesta quinta-feira (13), em um pregão marcado pela continuidade da entrada de capitais no país.

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A moeda norte-americana caiu 0,47%, vendida a R$ 1,669. É a menor cotação de fechamento desde o último dia 4.

Enquanto o mercado brasileiro fechava, o dólar perdia 1,2% em relação às principais moedas, com o euro acima de US$ 1,33. A moeda única marcava o quarto dia seguido de alta, forçando a cobertura de posições vendidas.

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A recuperação do euro ocorria após a venda de títulos públicos por Espanha e Itália, com demanda considerada forte. Na véspera, Portugal já havia obtido sucesso ao captar dinheiro no mercado. A capacidade dos países europeus em administrar a dívida é vista como um dos principais fatores de risco hoje.No Brasil, a queda do dólar foi mais moderada, em parte, por causa do movimento mais fraco das commodities -- que caíam 0,2% às 16h30 pelo índice Reuters-Jefferies.

Operadores, porém, notaram que o fluxo de dólares continuou positivo. Na véspera, o Banco Central divulgou que a entrada de capitais superou US$ 4 bilhões na primeira semana do ano.

Em relatório, Clyde Wardle, analista do HSBC, apontou que a entrada de recursos no país mantém a tendência de baixa para o dólar no Brasil. Ele só não cai mais por causa da expectativa de que o governo tome novas medidas contra a valorização do real, a exemplo da imposição de depósitos compulsórios sobre as posições de bancos, anunciada semana passada.

"Mantemos nossa previsão de que a taxa de câmbio continue na faixa entre R$ 1,65 e R$ 1,75."

Apesar da continuidade do ingresso de recursos, Moacir Marcos Júnior, operador de câmbio da corretora Interbolsa, salienta que a maior parte desse montante não vem de operações comerciais. "O exportador não está vendendo na esperança de que o Mantega venha a fazer alguma coisa", apontou.

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Em resposta à entrada de dólares no país, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado, mantendo a rotina dos últimos dias. A taxa de corte foi de R$ 1,671.

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