O dólar começou a semana em queda diante da expectativa em torno do anúncio de medidas do governo na área fiscal como forma de evitar novos rebaixamentos da nota soberana do país. Mais precisamente, os investidores especularam em cima do tamanho do novo corte orçamentário de 2016 que o governo anunciaria esta tarde, em entrevista coletiva dos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa.
O dólar à vista encerrou nesta segunda-feira, 14, em baixa de 1,55%, na mínima de R$ 3,8190. Na máxima, pela manhã, chegou a R$ 3,8890 (+0,26%). O volume no segmento à vista era de US$ 1,245 bilhão perto das 16h30. O dólar para outubro era negociado em baixa de 1,36%, a R$ 3,843, às 16h28.
A manhã foi de certa volatilidade no câmbio, espelhando o movimento externo e as dúvidas com o cenário político doméstico, mas o sinal de queda no dólar acabou prevalecendo. Até o início da tarde, o mercado trabalhava em cima da hipótese de um corte do Orçamento em torno de R$ 20 bilhões, mas ao longo da etapa vespertina ganharam força rumores sobre um número ainda maior, de até R$ 26 bilhões. A partir de então, o dólar renovou as mínimas. Também favoreceu o real a influência de queda da moeda norte-americana no exterior ante boa parte das divisas emergentes, assim como, segundo operadores, fluxo de entrada de exportadores ao longo do dia.
Lá fora, o dólar mostrou desempenho desigual ante as demais moedas, em meio a indicadores econômicos mistos da China divulgados no fim de semana e à cautela com a decisão de política monetária nos EUA, na quarta-feira. É consenso a percepção de que não haverá mudança na política de juros no encontro, mas o mercado acredita que a presidente da instituição, Janet Yellen, com base no comportamento de alguns indicadores, já sinalize sobre as intenções do Fed.
Ibovespa sobe 1,68% com anúncio de medidas fiscais do governo
A Bovespa fechou o pregão desta segunda-feira com ganho superior a 1,5 por cento, descolada dos mercados internacionais, com o humor do mercado amparado pelo anúncio de medidas de austeridade fiscal pelo governo federal, englobando esforços envolvendo economia de gastos e aumento de receitas.
Segundo dados preliminares, o Ibovespa fechou em alta de 1,68 por cento, a 47.178 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,17 bilhões de reais.
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