Dólar está em queda pelo terceiro dia nesta quarta-feira (17).| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Em terceiro dia de queda, o dólar comercial abriu esta quarta-feira (17) a R$ 3, 73, mas começou a cair por volta das 11 horas da manhã, fechando o dia em R$ 3,68, menor valor desde maio, num recuo de -1,02%. E a influência interna das Eleições sobre o câmbio pode levar a moeda norte-americana a cair ainda a mais.

CARREGANDO :)

Segundo avaliação do banco Credit Suisse, a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) pode levar o dólar a R$ 3,50. As informações são do Infomoney. Essa queda, segundo relata o portal especializado em finanças, no entanto, dependeria de pontos-chave no novo governo e que ainda carecem de clareza nesse período eleitoral, como a reforma da Previdência e a capacidade de implementar ou não a agenda liberal defendida por Paulo Guedes, o economista do candidato do PSL.

LEIA TAMBÉM: Artigo - A irracionalidade do mercado nas eleições

Publicidade

Já a Bolsa brasileira abriu em baixa, depois se recuperou, influenciada pela redução de perdas nas bolsas americanas. Fechou com leve alta de 0,054%, a 85.763 pontos. Um dos fatos negativos do dia foi a rejeição do projeto de lei que facilitaria a privatização de seis distribuidoras controladas pela Eletrobras no Senado, na terça (16).

Na avaliação da Guide Investimentos, “o resultado da votação (apenas 18 dos 34 senadores foram favoráveis à proposta) coloca a Eletrobras em uma situação complicada, com chances maiores de liquidação das operações da Amazonas Distribuidora. Algo que pode ter um impacto de custo próximo de R$ 13 bilhões à estatal”. A corretora também lembra que “o projeto também pode ter um impacto negativo na Petrobras. Em abril, a Eletrobras e a Petrobras assinaram um acordo de repactuação de R$ 17 bilhões em dívidas da Amazonas Energia com a petroleira, pelo fornecimento de óleo e gás natural para geração de energia. Sem a aprovação deste PLC, o crédito da Petrobras perde seu valor.”

Um fator positivo do dia, por outro lado, foi a divulgação do IBC-Br, a prévia do PIB brasileiro, que teve crescimento de 0,47% de julho para agosto, acima das expectativas do mercado, de 0,25%.

Ainda na terça-feira (16), influenciada externamente por bons resultados nas bolsas norte-americanas e internamente pela nova pesquisa Ibope*, que mostrou Jair Bolsonaro (PSL) com 59% dos votos válidos e Fenrando Haddad (PT) com 41%, o Ibovespa fechou em forte alta de 2,83%.

*Pesquisa realizada pelo Ibope de 13/out a 14/out/2018 com 2.506 entrevistados (Brasil). Contratada por: REDE GLOBO E O ESTADO DE S. PAULO. Registro no TSE: BR-01112/2018. Margem de erro: 2 pontos percentuais. Confiança: 95%. *Não sabe / Não respondeu.

Publicidade