O dólar caiu a 1,732 real nesta segunda-feira, apesar de dois leilões de compra de dólares feitos pelo Banco Central, em uma sessão com pouca volatilidade e sem tendência clara no exterior.

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A queda da moeda norte-americana foi de 0,35 por cento. No ano, o dólar tem baixa de 0,63 por cento.

Segundo dados parciais da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, o volume no mercado à vista somava pouco mais de 2,5 bilhões de dólares perto do fechamento, pouco abaixo da média do mês passado de 3 bilhões de dólares.

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"O mercado trabalhou 'de lado'", disse Jorge Knauer, gerente de câmbio do banco Prosper, no Rio de Janeiro.

Contribuiu para isso a ausência de um viés claro no mercado internacional. O dólar subiu em relação ao euro e ao iene por causa de dúvidas quanto ao pacote de ajuda à Grécia e de números macroeconômicos favoráveis nos EUA, mas perdeu força ante moedas consideradas de maior risco, como o peso mexicano.

As bolsas de valores em Wall Street subiam mais de 1 por cento no final da tarde.

O Brasil ficou mais atraente ao capital estrangeiro na semana passada ao elevar o juro básico a 9,50 por cento ao ano, o que contribui para a valorização do real em situações de maior apetite por risco.

"Assumindo o novo cenário local sobre as taxas de juros, com o Banco Central atuando mais rapidamente..., o real deve ser negociado entre 1,70 e 1,75 real", escreveu Roberto Padovani, estrategista-chefe do WestLB, em relatório.

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Repetindo o comportamento das últimas duas sessões, o BC realizou dois leilões de compra de dólares no mercado. A possibilidade de que a moeda norte-americana continue caindo em direção a 1,70 real e provoque uma intervenção mais agressiva do governo mantém o mercado de sobreaviso, afirmou Knauer.

"Em um dia com um pouco mais de boa vontade, com o cenário mais tranquilo, certamente o mercado pode forçar um pouco mais o dólar até o nível de 1,700 (real)", disse.