O dólar comercial abriu nesta sexta-feira em queda de 0,27%, a R$ 2,153 na compra e R$ 2,155 na venda. Dados de inflação devem chamar a atenção do mercado hoje. O IBGE divulga logo mais o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro, que é utilizado pelo governo para as metas de inflação.
Logo cedo, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do município de São Paulo. O IPC registrou na primeira prévia de março inflação de 0,16%, ante 0,20% na primeira quadrissemana de fevereiro. No mês passado, houve deflação de 0,03%. Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,09% na primeira prévia de março, influenciado pela queda dos preços no atacado, segundo a Fundação Getúlio Vargas.
Os índices são sempre acompanhados de perto pelo mercado porque servem de referência para o governo decidir ou não pela queda dos juros. Na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, a taxa básica de juro no Brasil caiu 0,75 ponto e passou para 16,5% ao ano.
Os três votos a favor do corte de 1 ponto percentual por técnicos do Copom podem significar uma redução mais ousada das taxas pelo BC na próxima reunião. A queda da produção industrial em 1,3% em janeiro, na comparação com dezembro, também pode acabar contribuindo para um corte mais agressivo da Selic.
No cenário externo, as atenções estão voltadas hoje para a taxa de nível de emprego e número de postos criados em fevereiro nos Estados Unidos. Ontem, o departamento de governo dos EUA informou o número de pedidos de auxílio-desemprego (8 mil pedidos a mais) e o déficit do comércio exterior de bens e serviços americanos, que aumentou mais do que o esperado, atingindo 5,3% em janeiro e chegando ao recorde mensal de US$ 68,5 bilhões.