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Dólar avança na abertura dos negócios após vitória de Trump

Dólar dispara na abertura dos negócios após vitória de Trump
Vitória de Trump fortaleceu o dólar na comparação com outras divisas. Moeda norte-americana subiu em relação às asiáticas no início desta quarta-feira (6) e disparou na abertura dos negócios no Brasil. (Foto: Unsplash)

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A cotação do dólar comercial disparou na abertura dos negócios no Brasil. Por volta de 9h07 desta quarta-feira (6), a moeda norte-americana chegou a ser vendida a R$ 5,86, com alta de quase 2%. A subida ocorreu após a vitória do republicano Donald Trump nas eleições norte-americanas.

Após a abertura, o preço de venda do dólar passou a oscilar entre R$ 5,83 e R$ 5,84 nos primeiros 30 minutos de negócios do dia. Depois perdeu fôlego, chegando a R$ 5,79 por volta de 10h20, com alta de 0,7% sobre a cotação de fechamento da véspera.

O programa de governo anunciado por Trump é tido como inflacionário, o que significa que o Fed – o banco central norte-americano – pode manter juros relativamente elevados por mais tempo. Isso aumenta a atratividade dos Treasuries, os títulos de dívida dos EUA, provocando migração de recursos para lá e fortalecendo o dólar em relação às demais moedas.

O movimento de alta do dólar era observado desde o início desta quarta-feira nos mercados asiáticos, que já estavam abertos enquanto a vitória de Trump ainda não era uma certeza.Uma das propostas de Trump é elevar tarifas de importação para proteger empresas norte-americanas da concorrência estrangeira e atrair investimentos no país. O republicano sinalizou que cobraria tarifas de 60% sobre produtos chineses e de 10% sobre mercadorias dos demais países.

Dólar subiu nas últimas semanas com eleições nos EUA e contas do governo Lula

Nas últimas semanas, a moeda norte-americana já vinha subindo no Brasil por causa da insatisfação do mercado financeiro com as contas públicas. Na semana passada, a demora do governo em apresentar um pacote de corte de despesas chegou a empurrar o dólar para perto de R$ 5,90.

Lula se reuniu com ministros no início da semana para definir o corte de gastos. A pedido do presidente, o titular da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou viagem que faria à Europa. Na segunda-feira (4), Haddad disse que o ajuste provavelmente seria anunciado nesta semana. Até agora, porém, o governo não definiu uma data.

Na manhã desta quarta, Haddad afirmou a jornalistas que o debate no governo sobre a conteção de despesas foi concluído. "Os ministros todos estão muito conscientes da tarefa que temos pela frente", disse.

Segundo ele, as medidas serão enviadas ao Congresso e Lula deve conversar sobre o assunto com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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