A disparada do dólar no fim de maio colocou a moeda americana no topo do ranking de investimentos elaborado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, tanto para o mês quanto para o acumulado dos primeiros cinco meses do ano. O dólar apresentou valorização de 7,24% em maio; desde o início de 2013, a alta acumulada é de 4,99%.
Isso deixou para trás os rendimentos de renda fixa. A poupança é a segunda colocada, com alta de 0,5% em maio e de 2,53% desde 1.º de janeiro. A BM? no ano, a perda soma 12,22%. Já o ouro caiu 0,42% em maio e 13,61% desde o início de 2013.
Isso não quer dizer, porém, que a saída para o investidor seja uma "corrida" para comprar a moeda americana.
Primeiro, pela própria natureza volátil do câmbio - trata-se de uma aplicação variável tão arriscada quanto a bolsa. "É um investimento para quem tem patrimônio representativo e está buscando diversificar", diz Michael Viriato, professor de Finanças da escola de negócios Insper.
Outra questão é o "timing" do investimento, segundo o administrador de investimentos Fabio Colombo. "Entrar agora no câmbio é perigoso", diz o especialista. Isso porque a regra do bom investidor é se informar o bastante para se antecipar às tendências, e não correr atrás delas logo depois de um movimento de mercado.
Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, o comportamento do câmbio nas últimas semanas não reflete um problema conjuntural, mas uma série de notícias pontuais. O dólar começou a se valorizar perante o iene, o euro e o real depois da divulgação de alguns dados positivos sobre a economia americana.
Logo, assim que a poeira assentar, pode ser que o real volte a ganhar terreno, na opinião do economista. A Austin Rating, apesar da recente volatilidade da moeda, ainda aposta em um a taxa de câmbio de R$ 2 para o fim do ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.