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Novo recorde nominal

Dólar dispara na abertura de mercado e vai a R$ 6,15 após divulgação de ata do Copom

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A nova alta recorde do dólar ocorreu apesar dos leilões da moeda americana realizados pelo Banco Central (BC) (Foto: Sebastião Moreira/EFE)

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O dólar disparou na abertura do mercado nesta terça-feira (17) e chegou a atingir o patamar dos R$ 6,157. A moeda americana começou a ser negociada a R$ 6,144 e desceu para R$ 6,140 antes de saltar para quase R$ 6,16, um novo recorde nominal.

Após diversas variações, o dólar passou a ser comercializado a R$ 6,123 por volta das 9h50.

A alta da moeda americana foi motivada pela divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que indica uma piora na percepção fiscal.

De acordo com o Copom, a alta do dólar e a percepção dos agentes sobre o pacote fiscal influenciaram na decisão de aumentar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual.

“A percepção dos agentes econômicos sobre o recente anúncio fiscal afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio”, diz um trecho da ata.

Além da situação fiscal do Brasil, os agentes também estão de olho nos Estados Unidos. É que nesta quarta-feira (18) o Federal Reserve (Fed) divulgará a decisão sobre os juros americanos.

A expectativa é de que seja anunciado um novo corte de 0,25 ponto porcentual.

Intervenção do Banco Central

A nova alta da moeda americana ocorreu apesar dos leilões de dólares realizados pelo Banco Central (BC).

Na segunda-feira (16), o Banco Central (BC) vendeu US$ 4,6 bilhões, sendo US$ 1,6 bilhão à vista e US$ 3 bilhões em um certame de linha - com compromisso de recompra - em um leilão extra de dólares após nova alta da moeda americana, que voltou a se aproximar dos R$ 6,10.

Foi a maior intervenção do Banco Central no mercado à vista em mais de quatro anos. A última grande intervenção desse tipo foi registrada nas primeiras semanas da pandemia de Covid-19, em 2020. 

Segundo o BC, os leilões são comuns nos finais de ano por conta da demanda de investidores, fundos, empresas e multinacionais para o envio da moeda ao exterior.

Esse tipo de operação vem sendo realizada desde a semana passada. Na última quinta-feira (12), o BC vendeu US$ 4 bilhões em dois leilões de linha. Na sexta-feira (13) - o primeiro leilão desde 30 de agosto - comercializou US$ 845 mil em leilão à vista para segurar a cotação.

Neste ano, o BC já havia realizado intervenções em agosto e setembro, utilizando contratos de swap cambial, que equivalem à injeção de dólares no mercado futuro.

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