O dólar comercial dispara nesta segunda-feira. Às 11h32m, a moeda americana subia 4,84%, negociada a R$ 2,315 para compra e R$ 2,317 para venda. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), no mesmo horário, caía 4,44%, aos 36.058 pontos. O risco-Brasil atingia 280 pontos centesimais, alta de 5,66% em relação à sexta-feira.

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Há uma semana e meia, o mercado brasileiro acompanha um movimento mundial de venda de ativos, deflagrado com a perspectiva de novos aumentos da taxa de juros dos Estados Unidos. As bolsas de todo o mundo começaram a cair após o dia 10 de maio, quando o Federal Reserve (Fed, banco central americano) elevou o juro básico do país e deixou a porta aberta para novas altas.

A maioria dos analistas acredita que o movimento é passageiro, embora ninguém se arrisque a prever quando a onda de vendas chegará ao fim. O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central mostra que o mercado mantém em R$ 2,20 a previsão média para o dólar no fim do ano, a despeito das últimas altas.

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Segundo reportagem publicada na edição de domingo do jornal "Folha de S.Paulo", a equipe econômica do governo trabalharia com a perspectiva de um dólar a R$ 2,40 após uma nova alta dos juros nos Estados Unidos. O ex-diretor do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas não acredita que a moeda possa se estabilizar nesse patamar. Seu prognóstico é de que o dólar oscilará entre R$ 2,10 e R$ 2,30.

- Acho que o dólar está refletindo o atual nervosismo, mas não se sustentará nesse patamar devido à entrada de recursos oriundo das exportações e ao diferencial de juros do Brasil, que continuará a atrair investidores estrangeiros - afirmou.

Já para a Bovespa, Freitas prevê o prosseguimento do atual ajuste, já que a bolsa brasileira, assim como as principais bolsas do mundo, estava com excessiva valorização.