O dólar fechou a terça-feira (18) em leve alta de 0,22% cotado a R$ 5,4339 na venda. Os investidores mantêm cautela às vésperas do anúncio da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. No exterior, a moeda norte-americana perdeu força após números abaixo do esperado do varejo dos Estados Unidos.
O resultado desta terça é a maior cotação de fechamento desde 4 de janeiro de 2023 – início do governo Lula – quando o dólar chegou a R$ 5,4513. Em junho, a divisa acumula elevação de 3,48%.
A divisa dos EUA abriu o dia novamente em alta ante o real, dando continuidade ao movimento mais recente de aversão aos ativos brasileiros, em meio às preocupações com o equilíbrio fiscal, e influenciado pelo avanço do dólar também no exterior.
O cenário mudou ainda na primeira hora de negócios, com o dólar perdendo força no exterior e no Brasil após a divulgação de dados do varejo dos EUA. O Departamento de Comércio informou que as vendas no varejo norte-americano aumentaram 0,1% no mês passado, após uma queda revisada para baixo de 0,2% em abril.
Decisão do Copom impacta negociação
No restante do dia, porém, o dólar se manteve próximo da estabilidade, até reacelerar pouco antes do fechamento, com investidores à espera da decisão de quarta-feira (19) do Copom. As apostas majoritárias no mercado de renda fixa são de manutenção da taxa básica de juros da economia em 10,50% ao ano.
Caso a decisão seja novamente divida o colegiado – como no encontro anterior, em maio – a expectativa é de nova pressão de alta para o dólar, em função dos receios de que, com a saída de Roberto Campos Neto da presidência do BC no fim de 2024, a instituição se torne mais tolerante com a inflação.
Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou as críticas a Campos Neto, acusando-o de trabalhar para prejudicar o Brasil. “O presidente do Banco Central não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, tem lado político e, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar", disse o mandatário.
Ibovespa sustenta alta com ajuda da Petrobras
O Ibovespa fechou em alta, sustentado principalmente pelas ações da Petrobras, após acordo tributário da companhia que agradou analistas e com avanço dos preços do petróleo no exterior.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,41%, a 119.630,44 pontos, após renovar mínima do ano no último pregão.
Na máxima do dia, chegou a 120.108,98 pontos. Na mínima, marcou 118.872,22 pontos. O volume financeiro somou R$ 18,5 bilhões.
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