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Mercados

Dólar em casas de câmbio já passa de R$ 4

 | Fernanda Carvalho/Fotos Públicas
(Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas)

Se tensões políticas em Brasília levaram o dólar comercial a bater R$ 3,65 na quarta-feira (26), fechando o dia a R$ 3,60, para o consumidor o dólar turismo já ultrapassava a marca dos R$ 4. No caso do cartão pré-pago, com incidência maior de imposto, a moeda era vendida na tarde de quarta em casas de câmbio em São Paulo por até R$ 4,05. Já o dólar em espécie estava na casa dos R$ 3,80, preocupando quem está com viagem marcada para o exterior.

Na corretora Cotação, o dólar em dinheiro, já com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de 0,38%, era comercializado a R$ 3,86; no cartão pré-pago, com taxa de IOF maior, de 6,38%, saía a R$ 4,05. Na Confidence Câmbio, a moeda no cartão também era vendida a R$ 4,05; já o dólar em espécie, a R$ 3,87. Na Sol Corretora, o produto no cartão pré-pago saía a R$ 4,04, e o dólar em dinheiro, a R$ 3,79.

O clima de tensão em Brasília, reforçado por notícias negativas para a presidente Dilma Rousseff, provocou a quarta sessão consecutiva de alta do dólar comercial em relação ao real. A moeda americana avançou 0,31% no balcão, aos R$ 3,6030 – maior patamar desde 25 de fevereiro de 2003. Em quatro dias, a alta foi de 4,37%. Nesta quinta-feira (27), a moeda abriu em leve baixa, de 0,3%, cotada em R$ 3,58.

O exterior também contribuía em parte para a busca da moeda dos EUA, com o dólar registrando ganhos ante algumas outras divisas no exterior, em meio às dúvidas sobre quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) iniciará seu processo de alta de juros. Pela manhã, aliás, um dado divulgado nos EUA foi neste sentido: as encomendas de bens duráveis subiram 2% em julho ante junho, bem acima da previsão de avanço de 0,1%. Já a China sugeria uma pressão menor, após Pequim anunciar novas medidas para sustentar a economia.

Viagem

O preço salgado da moeda americana tem assustado os que planejam viagem para fora do País. Segundo o Banco Central, os gastos de brasileiros em viagens no exterior caíram 30,4% em um ano. Para especialistas, quem está com viagem marcada para breve deve comprar dólar agora para garantir a viabilidade do passeio. Já quem tem um prazo maior pode adquirir a moeda aos poucos, para obter uma taxa média de cotação.

Para não perder mercado, as agências de turismo têm realizado diversas promoções. Ontem, a CVC, por exemplo, anunciava câmbio reduzido a R$ 3,19 - na semana passada, a operadora havia travado a cotação em R$ 2,99.

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