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Economia global

Dólar está na direção certa, diz chefe do FMI

A queda do dólar é uma medida na direção certa, mas o euro e o dólar canadense foram sendo sobrecarregados pelo ajuste, afirmou o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, neste domingo.

"A visão do FMI é de que o movimento de desvalorização do dólar está na direção correta", disse Strauss-Kahn a repórteres durante encontro de diretores de bancos centrais dos países-membros do G20 (grupo dos países em desenvolvimento).

Outras moedas, particularmente aquelas lastreadas por grande excedente em conta corrente, não estavam variando como deviam, criando desequilíbrios que impactaram outras moedas, incluindo o euro.

"Algumas moedas não se movimentam como você espera, principalmente as de países que possuem excedentes grandes em conta corrente. Algumas se movimentam muito devagar e outras na direção errada e isso é uma séria preocupação", afirmou o diretor.

"Uma outra preocupação é de que alguns países carregam em suas costas uma parte do ajuste muito maior do que deveriam, o dólar canadense obviamente, e como no caso do euro... e o caso da moeda brasileira".

Os movimentos cambiais e a instabilidade global têm sido os temas chave em dois dias de conversas do grupo G20, de países emergentes de economia avançada, particularmente o dólar mais fraco e a inflexibilidade do iuan chinês.

O dólar caiu quase 10 por cento este ano para uma baixa recorde ante moedas importantes no mundo enquanto a crise de crédito amortece o crescimento. O movimento impacta países que têm como base o dólar dos Estados Unidos.

Enquanto isso, os Estados Unidos e Europa incentivam a China a permitir que o iuan se valorize mais rapidamente para tentar realinhar o enorme déficit de conta corrente dos Estados Unidos com os excedentes da Ásia.

Strauss-Kahn afirmou que a organização do sistema cambial global não é o que deveria ser e que o FMI é a instituição perfeita para lidar com as discussões sobre o desequilíbrio.

Ele ainda acrescentou que os preços do petróleo -que atingiram quase 100 dólares o barril- são uma preocupação, assim como o aumento acentuado no preço dos alimentos mundialmente.

"Estamos todos preocupados pelas variações no preço do petróleo e estamos preocupados com as atuais variações no preço dos alimentos, que estão criando um problema real para muitos países", conclui.

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