O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (1) valento R$ 5,87, uma alta de 1,53%, o maior nível de fechamento desde 13 de maio de 2020, quando o país enfrentava o auge da pandemia da Covid-19.
Analistas atribuem essa alta às incertezas sobre a condução fiscal do país e às expectativas sobre o resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Em uma semana, a alta acumulada do dólar foi de 2,9%. O dólar turismo subiu 1,37%, sendo vendido a R$ 6,08.
Também nesta sexta, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, caiu 1,22%, para 128.123 pontos.
Incerteza sobre corte de gastos
Pressionado para apresentar o pacote de medidas para cortar gastos no governo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve viajar para a Europa na próxima segunda-feira (4). O ministro só retornará ao país no sábado (9).
Na última terça-feira (29), Haddad disse que não há prazo para divulgação de medidas voltadas ao corte de gastos públicos. Após a declaração, o dólar registrou alta de 0,92% e terminou o dia cotado a R$ 5,761, o maior patamar da moeda americana desde 2021, quando atingiu R$ 5,766.
Na quarta-feira (30), Fernando Haddad disse que entende a “inquietação” do mercado com a demora do governo Lula para anunciar o pacote de corte de gastos.
Haddad comparou a demora para o anúncio do pacote de corte de gastos ao que ocorreu com o prazo de entrega do arcabouço fiscal, que foi encaminhado ao Congresso em 18 de abril de 2023.
“É que nem o arcabouço fiscal, demorou 10 dias a mais do que o previsto, mas os 10 dias foram importantes para fazer uma redação adequada. Você está lidando com finanças públicas, você não pode errar”, disse o ministro.
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