O dólar comercial fechou o último pregão de maio, nesta sexta-feira (29), com queda de 1,94%, cotado a R$ 1,97 para a venda. Esta foi a primeira vez que a moeda americana fechou abaixo do patamar de R$ 2 em oito meses.
A queda acumulada em maio foi de 9,67%, a maior mensal desde abril de 2003, quando a moeda teve desvalorização de 13%. Desde o início do ano, o dólar comercial registra baixa de 15,56%.
Entrada de recursos
De acordo com informações de mercado, a entrada de dinheiro externo na economia brasileira e também o fechamento do câmbio para contratos que são indexados pela última cotação do mês determinaram o comportamento da divisa no dia.
Nesta sexta-feira (29), foi divulgado que a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acumulou, entre os dias 1º e 26 de maio, um saldo de mais de R$ 5 bilhões de investimentos de não-residentes, o que elevou a aplicação externa no mercado financeiro brasileiro a R$ 10,17 bilhões neste ano.
Atuação do BC
Na tentativa de conter a "queda livre" da moeda americana, o Banco Central (BC) voltou a intervir no mercado de câmbio, como tem feito diariamente desde o dia 8 de maio. Com isso, a queda do dólar, que chegou a quase 2% no início da tarde, diminuiu um pouco.
De acordo com comunicado do Departamento de Operações de Reservas Internacionais (Depin), a operação teve início às 15h22 e terminou às 15h32. A taxa aceita ficou em R$ 1,974.
Leia também:Bovespa fecha maio com alta de 12,5%, acima dos 53 mil pontos