Em queda pelo quarto dia útil seguido, o dólar fechou abaixo de R$ 2,20 pela primeira vez em quase seis meses. O dólar comercial foi vendido ontem a R$ 2,1975, no menor valor desde 30 de outubro do ano passado, quando a cotação havia atingido R$ 2,192. A cotação caiu 0,25% depois de oscilar o dia inteiro perto da estabilidade. Na mínima do dia, por volta das 15 horas, o dólar chegou a ser comercializado a R$ 2,1917. A divisa acumula queda de 6,4% nos últimos 30 dias e de 8,1% no ano.

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A queda ocorre uma semana depois de o Banco Central brasileiro ter aumentado a taxa Selic, os juros básicos da economia, para 11% ao ano. Juros mais altos favorecem a entrada de capital financeiro do exterior porque tornam as taxas brasileiras mais atrativas em relação às das economias avançadas.

Também contribuiu para a queda do dólar o fato de a taxa de desemprego nos Estados Unidos ter se mantido em 6,7% em março, acima das expectativas das instituições financeiras. A resistência do desemprego em cair indica que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, mantenha os juros próximos de zero por mais tempo que o esperado.

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Antes disso, o dólar operou em alta na maior parte do tempo, num movimento de correção após três quedas consecutivas que levaram-no a testar o patamar de R$ 2,20.

Alguns especialistas no mercado avaliam que, apesar de ajudarem no combate à inflação, as cotações mais baratas desagradariam o governo, prejudicando as exportações. Apesar disso, o BC tem atuado pesadamente nos mercados de câmbio. As informações são da Agência Brasil.