Diante da intensiva atuação do Banco Central e do cenário internacional mais aliviado por conta do acordo nuclear entre o Irã e potências mundiais, o dólar fechou com leve alta ante o real nesta segunda-feira, após mostrar pequeno sobe e desce durante boa parte do pregão.

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A moeda norte-americana avançou 0,22%, a R$ 2,2880 na venda, após fechar a sessão anterior com queda de 1%. Na máxima do dia, a moeda norte-americana chegou a R$ 2,2970 e, na mínima, a R$ 2,2789. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,5 bilhão de dólares.

"O dólar pode ter uma tendência de queda no curto prazo", afirmou o gerente de câmbio das corretora Fair, Mário Battistel, acrescentando, no entanto, que o dia tinha espaço para alguma volatilidade porque investidores poderiam aproveitar a cotação mais baixa para remeter dólares ao exterior.

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"Já tenho alguns clientes que deixaram ordens assim para determinadas cotações", completou. Nas últimas semanas, o dólar tem rondado o patamar de 2,30 reais.

O BC deu continuidade, nesta sessão, ao programa de intervenções diárias no câmbio, ao vender 10 mil contratos swaps tradicionais --equivalente à venda de dólares no futuro-- com vencimento em 2 de junho de 2014. Os papeis com vencimento em 5 de março de 2014 não foram vendidos.

À tarde, a autoridade monetária também realizou o oitavo leilão de rolagem dos swaps que vencem em dezembro, vendendo a oferta total de 20 mil contratos, com valor equivalente a 992,4 milhões de dólares. Com a operação, o BC já rolou 78,3 por cento do lote total.

No fim de semana, o Irã e seis potências mundiais chegaram a um acordo para limitar o programa nuclear iraniano em troca de alívio nas sanções impostas ao país, no primeiro sinal de uma reaproximação de Teerã com o Ocidente.

Segundo o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, os níveis em que o dólar tem sido negociado atualmente têm deixado investidores relativamente tranquilos em relação à atuação do BC.

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"É muito prático para o BC o dólar ficar em torno de 2,25, 2,30 reais. Ele evita fazer uma intervenção drástica", afirmou ele, acrescentando que, nestes níveis, a divisa norte-americana não é inflacionária.

Galhardo afirmou, entretanto, que o dólar não deve perder muito mais fôlego, uma vez que a perspectiva de corte no estímulo monetário norte-americano continua no horizonte. O Federal Reserve, banco central dos EUA, injeta mensalmente 85 bilhões de dólares na economia do país e a redução do programa teria o efeito de enxugar a liquidez nos mercados globais.