O dólar encerrou a segunda-feira (5) com leve alta de 0,11%, negociado a R$ 1,75. A moeda já subiu 0,69% no mês (que só teve dois dias úteis até agora). O mau humor nos mercados estrangeiros atravessou o feriado de Finados. As principais bolsas de valores tiveram mais uma rodada de queda, e a aversão a mercados mais arriscados - como o do Brasil - aumentou.
Entre as notícias negativas que dispararam o pessimismo, destacou-se o abalo sentido pelo Citigroup por conta da recente crise de crédito no exterior. As perdas bilionárias com títulos de alto risco chegaram a derrubar o presidente-executivo do maior banco norte-americano.
"O momento, por todos os acontecimentos presentes, sugere observação e cautela por parte dos investidores", disse Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, em relatório. "Mas não se deve considerar que esteja havendo uma reversão" da tendência de queda da moeda norte-americana, ressalvou.
Ingresso de recursos
O ingresso de recursos no país está em níveis recordes no ano - mais de US$ 70 bihões em entrada líquida até meados de outubro. No mês passado, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o capital e trouxe nova enxurrada de moeda.
Nesta segunda-feira, o Banco Central promoveu um leilão de compra de dólares que ajudou a reforçar brevemente a alta da moeda norte-americana. Na operação, a autoridade monetária definiu taxa de corte a R$ 1,7565 e aceitou, segundo operadores, pelo menos duas propostas.
As compras de dólares pelo BC, que foram retomadas de forma diária há quase um mês, já engordam as reservas internacionais, levando-as a um novo recorde. De acordo com o último dado disponível, o país acumulava mais de US$ 169 bilhões de dólares em 1º de novembro.
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