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O dólar fechou em leve alta frente ao real nesta quarta-feira, respondendo à valorização da moeda no exterior em meio à cautela com as perspectivas para a recuperação global.

No mesmo horário, o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta de divisas, ganhava 0,6%, refletindo a queda do euro abaixo de 1,46 dólar.

"O movimento no câmbio está tranquilo, um pouco parado, mas o mercado está refletindo todo esse conjunto de preocupações com a economia dos EUA, com a crise de dívida na Europa...", comentou Mario Paiva, analista de câmbio da BGC Liquidez.

As principais bolsas de valores norte-americanas caminhavam para a sexta queda seguida, calcadas na avaliação negativa sobre a economia norte-americana do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, no final da segunda-feira.

Bernanke reconheceu que a recuperação do país tem mostrado desaceleração, mas não sinalizou que o Fed embarcará em outro programa de estímulo nos moldes do "quantitative easing 2".

O índice de volatilidade da CBOE, considerado termômetro da apreensão de Wall Street, subia 3,2%.

"Mesmo assim, a alta do dólar é pequena, porque por aqui as perspectivas de fluxo positivo continuam, também por expectativa de que o juro continue subindo", acrescentou.

O consenso do mercado é de que a Selic seja elevada em 0,25 ponto percentual no final desta quarta-feira, aumentando a atratividade das aplicações brasileiras, o que tende a trazer mais dólares ao país e intensificar o fluxo positivo.

Em maio, por exemplo, os ingressos líquidos somaram 5,26 bilhões de dólares em maio, bem que as entradas em abril. No período, o Banco Central incorporou 4,27 bilhões de dólares às reservas em compras no mercado à vista .

As entradas de recursos continuaram em junho, com ingressos líquidos de 261 milhões de dólares. Nesse período, o BC comprou 913 milhões de dólares via leilões de compra.

Profissionais apontam que o posicionamento de investidores não-residentes no mercado futuro deve impedir altas consistentes da moeda norte-americana, apesar do cenário internacional adverso.

Segundo os dados mais recentes da BM&FBovespa, relativos à véspera, os estrangeiros sustentavam cerca de 20,4 bilhões de dólares em posições vendidas nos mercados de dólar futuro e cupom cambial, sugerindo apostas na queda da divisa dos EUA.

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