O dólar comercial fechou em alta de 1,25% nesta quarta-feira (27), fechando a R$ 1,859 para a venda, impulsionado pela saída de investidores estrangeiros do país.
O dólar subiu pela sétima sessão consecutiva e fechou no maior patamar desde o início de setembro. A valorização da moeda norte-americana em janeiro, com 15 altas em 18 sessões, já supera 6,7%.
O fluxo líquido de dólares (entradas menos saídas) para economia brasileira, divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Banco Central, mostrou que US$ 806 milhões saíram do país na última semana.
Segundo os números consolidados para o mês, o volume segue positivo em US$ 10 milhões, considerados os dados a última sexta-feira (22). Até o dia 18, parcial anterior do BC, o movimento estava positivo em US$ 816 milhões.
Outras influências
Entretanto, cálculos do banco francês BNP Paribas estimam que os bancos têm posições compradas no mercado à vista em torno de US$ 2 bilhões. Caso essa posição se inverta, as compras poderiam atuar na direção contrária, favorecendo a queda do dólar.
No plano corporativo, a aquisição dos ativos de fertilizantes da Bunge no Brasil pela Vale, por R$ 3,8 bilhões, pode significar a saída de recursos do país, mas profissionais de mercado afirmaram que a notícia, já esperada, não afetou a taxa de câmbio nesta sessão.
De acordo com o gerente de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser identificado, o mercado comentava nesta sessão que um fundo de pensão estrangeiro realizou ajustes na moeda brasileira e na chilena. A moeda do país, em linha com o real, despencou 2% frente ao dólar.
No mês, até o dia 22, os investidores não-residentes já acumulam em termos líquidos R$ 969 milhões em ações vendidas na BM&Bovespa. A saída de estrangeiros da bolsa ajudou a secar o superávit cambial do mês.
Controle para bancos
Na semana passada, a proposta de Obama para restringir a atividade de bancos derrubou as bolsas em Wall Street e pressionou o dólar no Brasil. A medida continua a afetar os mercados nesta semana, tendo sido alvo de severas críticas por parte dos bancos internacionais durante o Fórum Econômico Mundial.
"Não vi qualquer tipo de evidência sugerindo que diminuir o tamanho dos bancos seja a resposta [para evitar uma nova crise]", disse o presidente do banco britânico Barclays, Robert Diamond Junior, em um debate sobre riscos financeiros na quarta-feira de manhã em Davos.
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