Após oscilar durante o dia, o dólar fechou em alta nesta sexta-feira (4), após três dias de desvalorização frente ao real. A moeda subiu 0,94%, para R$ 1,725.
Na semana, porém, o dólar acumulou desvalorização de 1,1%.
A surpresa provocada pelo relatório de emprego dos Estados Unidos aumentou a volatilidade no mercado internacional nesta sexta. O governo dos Estados Unidos divulgou que foram fechados apenas 11 mil empregos no mês passado, o que reduziu a taxa de desemprego do país de 10,2% para 10%.
O dado sinalizou uma recuperação mais firme do mercado de trabalho norte-americano e permitiu ao mercado estimar uma alta dos juros antes do que o previsto nos Estados Unidos.
"Apesar de ser uma notícia positiva... o mercado interpreta isso como se eles [os Estados Unidos] fossem elevar os juros um pouco mais cedo. E o dólar começa a ganhar valor", disse João Eduardo Santiago, operador do banco Alfa de Investimento.
Ao longo do ano, a taxa de juros entre zero e 0,25% dos Estados Unidos foi apontada como um dos principais fatores para a tendência de queda do dólar, já que os investidores buscavam aplicações em outros países para poder garantir um rendimento maior.
O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), no entanto, tem afirmado nas últimas reuniões e discursos de seus integrantes que os juros devem seguir muito baixos por um período longo.
Antes da virada nos mercados internacionais, o dólar ameaçava quebrar o nível de R$ 1,70. Na mínima do dia, a moeda chegou a ser cotada a R$ 1,702.