O dólar comercial fechou novamente em alta, pelo terceiro dia consecutivo. A moeda americana encerrou a quarta-feira com valorização de 0,83% frente ao real, a R$ 2,184 na compra e R$ 2,186 na venda. Esta é maior cotação desde 7 de fevereiro (R$ 2,188) e exatamente a mesma do dia 8 de fevereiro. Na máxima desta quarta-feira, o dólar chegou a subir 1,20%, para R$ 2,194 na venda. Somente nesta semana, o dólar já subiu 3,5%. Valia R$ 2,112 na sexta-feira passada (cotação para a venda).

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Depois de fechar a semana passada com recorde histórico de pontuação (39.239 pontos), a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a encostar nos 37 mil pontos. A bolsa paulista encerrou o pregão em queda pelo terceiro dia consecutivo. O Ibovespa caiu 0,36%, para 37.289 pontos. Na mínima, ficou em 36.446 pontos (queda de 2,61% sobre o fechamento de terça-feira). O volume financeiro chegou a R$ 2,749 bilhões. Na semana, o Ibovespa acumula queda de 4,97% e no mês redução de 3,42%.

Já o risco-país, que mede a percepção do investidor estrangeiro sobre o país, subiu para 237 pontos centesimais, com alta de 0,85% sobre o fechamento de ontem. Na máxima, o EMBI+ brasileiro chegou a 242 pontos e na mínima, a 229. Na Argentina, o risco-país teve alta de dois pontos, para 369 pontos centesimais. O Global 40 caiu 0,10%, para 129,7% do valor de face, e o A-Bond teve queda de 0,34%, para 109,25% do seu preço.

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As incertezas do cenário externo foram uma oportunidade para a realização de lucro na bolsa e ajuste de posição no dólar, mas, sem dúvida, os investidores ficaram preocupados com a alta dos juros nos Estados Unidos, Europa e Japão. É natural que os países emergentes percam aplicações quando os juros nos países desenvolvidos, que representam um porto bem mais seguro, sobem.

Esse movimento ocorre desde segunda-feira, deixando para segundo plano a decisão sobre as taxas de juros no Brasil. O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, deve anunciar no início da noite a nova taxa básica no país. Será a sexta queda consecutiva da Selic, se as previsões do mercado se confirmarem. A taxa está atualmente em 17,25% ao ano e vem caindo desde setembro do ano passado. Neste ano, as reuniões do Copom ocorrem a cada um mês e meio.

- Na semana passada, o corte de 1 ponto era mais factível. Com o mercado externo mais incerto, o Banco Central poderá optar pela continuidade do conservadorismo - disse Vladimir Caramaschi, analista da Corretora Fator Doria Atherino.

Segundo ele, provavelmente, a queda da Selic vai continuar nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária, mas de uma maneira mais gradual. Ele acredita que os técnicos do Banco Central vão reduzir a Selic nas próximas três reuniões, pelo menos.

Apesar da expectativa com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, o que mais chamou a atenção dos investidores foi o cenário externo e a possibilidade da alta dos juros nos Estados Unidos, na Europa e no Japão. Hoje, os títulos do Tesouro americano continuaram em alta, como nos últimos dias.

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A decisão sobre o futuro da taxa nos Estados Unidos será anunciada no final do mês, nos dias 27 e 28, pelo Federal Reserve, o Banco Central americano. O Fed já elevou a taxa 14 vezes entre junho de 2004 e janeiro de 2006. O juro passou de 1% para 4,5%. No Brasil, a decisão sobre o Copom deve sair ainda nesta quarta-feira. Os investidores acreditam que o Banco Central vai reduzir a Selic novamente, pela sexta vez consecutiva. A taxa está em 17,25% ao ano. Em 2006, as reuniões do Copom ocorrem a cada um mês e meio.

Entre as ações mais negociadas na Bovespa estiveram Petrobras PN, Bradesco PN e Light ON. As principais baixas foram de Light ON (4,90%), Celesc PNB (2,82%) e Bradesco PN (2,78%). As principais altas foram de Usiminas PNA (3,75%), Embraer PN (2,58%) e CRT Celular PNA (1,81%).

Juros

No dia da reunião do Copom, os juros futuros fecharam novamente em alta nos contratos de longo prazo na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2007, o mais líquido, ficou em 15,30%, contra 15,25% no fechamento anterior (+0,33%). Para julho e outubro de 2006, a taxa passou, respectivamente, de 15,91% para 15,94% (+0,19%) e de 15,50% para 15,54% (+0,26%). O contrato de abril de 2006 ficou em 16,52%, ante 16,53% (-0,06%).

O Banco Central realizou nesta quarta-feira, depois de dois dias, o leilão de compra de dólares no mercado à vista, mas aceitou apenas uma proposta, com a taxa de corte de R$ 2,173. O tradicional leilão de swap cambial reverso foi suspenso hoje, depois de ocorrer diariamente desde dezembro do ano passado (só não aconteceu nos feriados e final de semana).

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