O dólar à vista fechou em baixa de 0,73% e fechou com o menor valor desde 11 de novembro. A moeda americana terminou o dia valendo R$ 2,168 na compra e R$ 2,170 na venda. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 1,12% às 17 horas, com R$ 1,7 milhão em negócios.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve nesta quinta-feira o melhor dia depois da onda de realização de lucros iniciada este mês. O Índice Bovespa fechou em alta de 1,05%, com 36.882 pontos. Os negócios somaram R$ 2,224 bilhões.
DÓLAR - Segundo Shiguemi Fujisaki, diretor de câmbio da corretora Socopa, o dólar recuou por absoluta falta de motivos para subir. De acordo com ele, a baixa da cotação é resultado da combinação entre juros altos, superávit comercial e estudos para desonerar o investimento estrangeiro. A única força contrária à queda da cotação são as compras do Banco Central, cujo efeito é bastante limitado.
- As mudanças nas regras do câmbio, que poderiam colocar um freio nas quedas, não devem chegar este ano. Com isso, o mercado não vê motivo para esperar uma reversão da tendência - disse Fujisaki.
O Banco Central 4.100 contratos de swap reverso, dos 4.550 ofertados aos bancos. Os contratos vendidos correspondem a US$ 194 milhões, resgatados pelo Banco Central. A instituição também comprou dólares no mercado à vista, com taxa de corte de R$ 2,171.
BOVESPA - A melhora das bolsas internacionais foi fundamental para a recuperação da bolsa paulista, que chegou a acumular queda de 4,9% em fevereiro. Agora a baixa é de 3,9%, mostrando uma pequena realização dos lucros registrados em janeiro (14,7%).
Com o bom humor restaurado Para Nicolas Balafas, consultor de investimentos da Planner Corretora, o movimento de correção ainda não pode ser considerado encerrado na bolsa.
- Foram 11 semanas seguidas de alta, e as quedas até agora foram pequenas. A bolsa ainda poderá ter momentos de instabilidade, porque a realização em alguns papéis pode não ter sido suficiente - disse.
Entre as ações que fazem parte do Índice Bovespa, as maiores altas foram de Cesp PN (+8,26%) e Net PN (+5,40%). As quedas mais significativas do índice ficaram com Celesc PNB (-1,24%) e Tele Leste Celular PN (-0,91%).
JUROS - As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em alta, em reação à aceleração dos núcleos do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro. A taxa "cheia" ficou em 0,59% no mês passado, enquanto o teto das previsões era de 0,57%. Os núcleos também subiram além do esperado, o que aumentou a cautela do investidor com a queda dos juros básicos da economia.
O Depósito Interfinanceiro (DI) de outubro deste ano fechou com taxa de 15,92% ao ano, contra 15,89% do fechamento de quarta-feira. O DI de janeiro de 2007, o mais negociado, teve a taxa elevada de 15,71% para 15,74% anuais. A taxa de abril do ano que vem subiu de 15,55% para 15,57% anuais.
A taxa Selic é hoje de 17,25% ao ano, após um corte de 0,75 ponto percentual em janeiro. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acontecerá no início de março.
RISCO - O EMBI+ Brasil, indicador que mede o risco-país brasileiro, fechou em 256 pontos centesimais nesta quinta-feira, em queda de 2 pontos no dia. Esse é o piso do indicador, criado em 1994. O EMBI+ é calculado pelo banco de investimentos JP Morgan para os países emergentes e serve como um termômetro da confiança depositada pelos investidores estrangeiros.
O índice acompanha a variação dos juros pagos pelos títulos da dívida externa dos países emergentes. Quanto mais valorizados esses papéis, menores os juros pagos e menor o risco-país.