O dólar à vista fechou em baixa pelo terceiro dia consecutivo, mesmo em meio às compras do Banco Central. A moeda americana terminou o dia com recuo de 0,13%, valendo R$ 2,286 na compra e R$ 2,288 na venda. Por volta das 17 horas a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tinha alta de 0,03%, aos 35.013 pontos.

CARREGANDO :)

A queda da cotação é atribuída principalmente aos cenários interno e externo positivos, que sugerem continuidade dos ingressos de recursos externos ao país. Segundo Tarcísio Rodrigues Joaquim, diretor de câmbio do Banco Paulista, o mercado ainda mostra os efeitos da ata da reunião do Federal Reserve, que sinalizou para o fim do ciclo de altas dos juros americanos.

- O mercado entende que se os juros americanos subirem, serão apenas ajustes, e que os Estados Unidos já não assustam mais. Com isso, cresce a diferença de juros entre Estados Unidos e Brasil - disse Joaquim.

Publicidade

O analista ressalta ainda as captações externas fechadas recentemente pelo setor privado, como a do Banco do Brasil. Segundo ele, os ingressos de recursos para o mercado de ações também vêm chamando a atenção, o que contribui para a queda do dólar.

O Banco Central continuou a comprar dólares nos mercados à vista e futuro, mas apenas evitou uma queda maior da cotação. O BC vendeu contratos de swap reverso equivalentes a US$ 399 milhões. A operação, na prática, tem o efeito de uma compra de dólares no mercado futuro. A instituição comprou recursos dos bancos no mercado à vista, completando as operações diárias no câmbio.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam perto da estabilidade nesta quinta-feira, mas com volume de negócios melhor que os dos últimos dias. O destaque do dia foi o resultado do IGP-DI, que apontou inflação de 0,07% em dezembro e 1,22% no ano, o menor desde a criação do índice.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de outubro fechou com taxa de 16,52% ao ano, contra 16,53% do fechamento de quarta-feira. O DI de janeiro de 2007 terminou o dia com taxa de 16,35% anuais, frente aos 16,34% anteriores. Já a taxa de abril de 2007 subiu de 16,15% para 16,16% anuais. A taxa Selic é hoje de 18% ao ano.

Publicidade