Em pregão mais curto que o habitual por conta da Quarta-Feira de Cinzas, o dólar operava fechou em queda perante o real, com poucos negócios e foco nos mercados acionários norte-americanos. No fechamento, o dólar comercial valia R$ 2,375, com queda de 0,71% sobre a última sexta-feira.
Um diretor de câmbio de uma corretora em São Paulo que preferiu não ser identificado apontou que muitos participantes do mercado emendaram o feriado de Carnaval nesta quarta-feira - em que o pregão da BM&F iniciou as operações somente às 13h - e devem retomar as operações somente na quinta-feira (26).
Poucos negócios
Com poucos negócios, operadores afirmaram que o mercado de câmbio doméstico buscava referências nas bolsas de valores, especialmente dos Estados Unidos, embora a Bovespa tenha registrado uma melhora depois das 16h, operando em leve queda no fim da tarde.
Segundo operadores em Nova York, ajudava a pesar sobre os negócios uma certa frustração com o discurso do presidente Barack Obama na véspera pelas poucas pistas sobre como seu governo pretende revitalizar a economia. Os índices, no fim da tarde, registravam baixa em Wall Street.
Tendência do dólar
Na sexta-feira, último dia de negócios, a aversão a risco pautou as negociações levando a divisa a subir 1,70% frente ao real, terminando o dia cotada a R$ 2,392. Trata-se do maior preço da divisa desde dezembro do ano passado. Na semana, a divisa acumulou valorização de 5,6%.
O gerente da mesa de câmbio do Banco Prosper, Jorge Knauer, avalia que além do mau humor externo, que eleva a aversão ao risco e naturalmente chama mais compra de dólar, o aumento de preço também reflete um movimento de caráter especulativo contra o real no mercado futuro.