O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (5), depois de perder mais de 3% na semana passada. A moeda norte-americana terminou o dia cotada a R$ 1,763, em baixa de 0,34%.

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Foi a quinta sessão seguida de baixa do dólar em relação à moeda brasileira, sequência que não era vista desde o início de novembro de 2009. No ano, o dólar ainda acumula alta de 1,15%.

A sessão desta segunda foi marcada pelo bom humor externo e pelo volume reduzido. "Foi um dia marcado pela ausência de notícias impactantes e com volume abaixo do esperado", disse Rodrigo Nassar, gerente da mesa financeira da corretora Hencorp Commcor.

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Na Europa, as principais praças continuaram fechadas, prolongando o feriado da Páscoa.

O principal motivo para o bom humor generalizado eram os indicadores positivos sobre a economia dos Estados Unidos. Na sexta-feira (2), o governo divulgou a criação de 162 mil postos de trabalho em março. Nesta segunda, o setor de serviços do país mostrou uma aceleração do crescimento e as vendas pendentes de moradias tiveram alta surpreendente.

Outro motivo para a queda do dólar nas últimas sessões é a perspectiva de que a entrada de moeda vai continuar firme no curto prazo. Após um início fraco em março, o ingresso de recursos se fortaleceu na quarta semana do mês, deixando o fluxo cambial para o país positivo em US$ 2,2 bilhões no ano até 26 de março.

Entre as operações que devem atrair capital estão uma emissão de títulos pelo Itaú Unibanco, segundo o IFR, serviço de informações financeiras da Thomson Reuters.

Há também várias ofertas de ações programadas, com destaque para a produtora de carne JBS, cuja operação, se confirmada, pode levantar até cerca de R$ 2 bilhões.

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O próprio otimismo com o mercado de capitais tem atraído mais investidores para as ações brasileiras. De acordo com dados da BM&FBovespa, a bolsa local teve em março o fluxo externo mais positivo desde setembro, com superávit de R$ 3,15 bilhões.

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