O dólar fechou em queda nesta terça-feira (1º), primeiro pregão do mês de dezembro. A moeda recuou 1,76%, para R$ 1,723, a maior queda percentual desde 23 de junho.
No ano, a divisa acumula desvalorização de 26,15%. A melhora do ambiente internacional e a entrada de capitais no país devolveram o dólar ao nível registrado antes do anúncio dos planos de reestruração da dívida em Dubai.
"[O dólar foi] influenciado pelo bom humor lá fora. O efeito Dubai começa a ser absorvido, e o mercado começa a voltar aos níveis atingidos antes", disse Rodrigo Nassar, gerente da mesa financeira da Hencorp Commcor Corretora.
A avaliação da maior parte do mercado nesta sessão é a de que os problemas da dívida de Dubai, embora sejam um sinal de alerta com o rescaldo da crise financeira do ano passado, não têm calibre para prejudicar significativamente o setor bancário - principalmente com a garantia de liquidez dada pela autoridade monetária dos Emirados Árabes Unidos.
Outro motivo que favoreceu a queda do dólar foi a entrada de recursos no país, relatada por vários profissionais de mercado. De acordo com o operador de um dos maiores bancos nacionais, porém, o ingresso foi concentrado no começo do dia.
A queda do dólar para perto de R$ 1,70, no entanto, traz de volta a dúvida a respeito da possibilidade de novas medidas do governo para frear a valorização da divisa brasileira. "Isso ainda paira no mercado", disse Nassar.