Pelo terceiro dia seguido, o dólar perdeu valor frente ao real, apesar de ter avançado em relação ao euro e à libra. A moeda norte-americana chegou ao final do pregão desta sexta-feira (28) vendida a R$ 1,810, em baixa de 0,87%.
Na semana, a divisa americana recuou 2,74% e, no mês, acumulou alta de 4,14%. No ano, o dólar já avançou 3,84%. Com a queda desta sexta, o dólar fechou no nível mais baixo desde 14 de maio, afastando-se rapidamente do patamar de R$ 1,904 atingido há apenas três dias.
A definição da Ptax (taxa de referência do dólar) que será usada para a liquidação de derivativos só acontece na segunda-feira, último dia do mês. Mas, com o feriado nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha e a consequente redução de liquidez, profissionais de mercado viram o início da disputa já nesta sessão.
O volume de operações era de cerca de US$ 2,5 bilhões, de acordo com dados parciais da clearing da BM&FBovespa perto do fechamento. Operadores não tinham clareza se o fluxo de capitais era positivo, como percebido na véspera.
No exterior, a decisão da Fitch de reduzir a nota da dívida soberana da Espanha a "AA+" incentivou a queda de 0,5% do euro, mas não foi capaz de repetir as fortes variações vividas pelo mercado ao longo da semana.
No final de abril, a Standard & Poor's já havia reduzido a nota da Espanha para "AA". O país enfrenta a desconfiança dos investidores por causa do grande déficit fiscal, que reduz a capacidade de honrar dívidas.
"Não acho recomendável ficar muito posicionado nesses (próximos) dias, em qualquer direção", disse o gerente de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser citado. "Vai ter muita novidade ainda em relação à crise europeia".
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