O dólar comercial fechou o pregão desta sexta-feira (29) cotado a R$ 6, alta de 0,19%, em meio a reação negativa do mercado financeiro com pacote fiscal do governo Lula (PT). A moeda americana renovou o recorde de valor nominal pelo terceiro dia consecutivo.
Durante a manhã, o dólar chegou a bater R$ 6,11. Após a abertura do mercado a R$ 5,99, a moeda seguiu oscilando entre R$ 6,02 e R$ 6,03 no começo das negociações e entre R$ 6,08 e R$ 6,11 uma hora depois.
O aumento da divisa foi influenciado, principalmente, pela ampliação da isenção do Imposto de Renda anunciada pelo governo na quarta (27) junto com o pacote de corte de gastos.
A proposta prevê a isenção para quem ganha de R$ 5 mil a R$ 6.980. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a medida será compensada pela maior tributação para quem ganha mais de R$ 50 mil.
O dólar recuou após os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defenderem a contenção das despesas e sinalizarem que a isenção do IR não será analisada neste ano.
Além disso, Haddad defendeu o ajuste fiscal durante um almoço com banqueiros e CEOs em São Paulo e apontou que o pacote não é o “grand finale” e pode ser revisto.
Recordes consecutivos do dólar
O dólar bateu R$ 5,91 na quarta (27) após a proposta da isenção do IR se tornar pública. Horas depois do fechamento do mercado, Haddad fez um pronunciamento em cadeia nacional confirmando a medida. Na manhã seguinte, a equipe econômica detalhou o pacote fiscal, mesmo assim, o mercado reagiu negativamente.
A moeda americana atingiu R$ 5,98 no fim da sessão desta quinta (28) em meio a desconfiança com a inclusão da ampliação da isenção do IR. Entre as principais críticas, analistas do mercado financeiro apontam que as medidas anunciadas são consideradas modestas e podem ser insuficientes para garantir o equilíbrio fiscal no longo prazo.
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