O dólar fechou praticamente estável nesta sexta-feira (4), após passar o dia sem tendência definida diante da incerteza sobre o futuro político na Grécia e sobre a capacidade de financiamento da Europa para enfrentar a crise da dívida na região. A moeda norte-americana fechou a 1,7420 real para venda, com leve variação positiva de 0,01%. Na semana, o dólar acumulou valorização de 3,42%. Na máxima do dia, o dólar subiu 1,15%, a 1,7620 real. Na mínima, a moeda caiu 0,90%, a 1,7264 real. O diretor da corretora Pioneer, João Medeiros, destacou o volume relativamente tímido da sessão. De acordo com dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa, havia cerca de 1,3 bilhão de dólares em operações contratadas com liquidação em dois dias úteis até as 17h, ante cerca de 2,4 bilhões de dólares para operações similares na quinta-feira. Na próxima semana, o mercado deve continuar atento aos desdobramentos da crise na Europa, mas qualquer oscilação mais brusca deve ser limitada pela ação do governo, disse Medeiros. "Hoje temos uma macrobanda, com piso de 1,55 e teto de 1,90 (real). Chegando em qualquer uma desses bandas, o Banco Central interfere fortemente no mercado", afirmou. A última vez que isso ocorreu foi no último dia 28, quando a autoridade monetária realizou leilão de swap cambial tradicional --que, na prática, equivale a uma venda no mercado futuro--, quando a moeda norte-americana estava próxima a 1,70 real. Na noite desta sexta, o premiê da Grécia George Papandreou pode ser forçado a deixar o governo caso não obtenha o voto de confiança do Parlamento. O primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi deve passar por teste semelhante em breve. A conclusão da reunião de cúpula do G20 em Cannes também não foi determinante para a formação da taxa de câmbio. No encontro, a presidente Dilma Rousseff reiterou o interesse do Brasil em participar de uma capitalização do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas disse que o país não transferirá recursos diretamente ao fundo de ajuda da Europa. Teve pouca influência ainda a emissão de 1 bilhão de dólares em bônus pelo Tesouro Nacional, com a reabertura de um título de 30 anos. O papel terá o menor juro já pago pelo governo brasileiro em uma operação desse prazo. Essa taxa servirá de referência para outras a captação de dólares por outras instituições nacionais. A taxa Ptax, calculada pelo BC e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a 1,7415 real para venda, em alta de 0,84% ante quinta-feira.
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