São Paulo O ingresso de recursos em moeda estrangeira derrubou o dólar nesta quinta-feira à menor cotação desde maio do ano passado. A moeda norte-americana fechou o dia a R$ 2,101, com queda de 1,08%. O dólar paralelo se manteve em R$ 2,35 e o turismo recuou 0,9%, para R$ 2,195.
A valorização do real frente ao dólar reflete um cenário de otimismo relacionado aos mercados emergentes, graças aos juros mais baixos nos Estados Unidos. O bom humor é refletido também no risco-país, que se manteve bem perto da mínima histórica, aos 185 pontos.
Isso porque o mercado afastou ontem a possibilidade de que o Banco Central norte-americano (o Federal Reserve) venha a reduzir a taxa de juros nos EUA no curto prazo. Pela ata do Fed, a inflação no país não deve crescer e, por isso, o juro deve ser mantido em 5,25% ao ano.
O Banco Central fez leilão de compra de dólares nesta tarde, com corte a R$ 2,1075 reais. As operações vêm engrossando as reservas, que já superam US$ 91 bilhões.
Além do fluxo financeiro, há também o fluxo comercial que acentua ainda mais o declínio do dólar. A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,494 bilhões em janeiro.
Na Bovespa, o clima foi bastante positivo e a pregão fechou em alta de 0,39%, aos 44.815 pontos. Durante o dia, chegou a ultrapassar o patamar de 45 mil pontos, entre a máxima de +1,28% e a mínima de 0%, com volume de R$ 3 650 bilhões. A Bolsa brasileira deu continuidade, dessa forma, à elevação iniciada ontem, também motivada pela reunião do Fed.