O dólar fechou a segunda-feira (9) com leve alta, em dia de poucos negócios por causa do feriado da Revolução Constitucionalista de 1932 no estado de São Paulo. A moeda americana subiu 0,2% e encerrou o dia cotada na máxima, em R$ 2,0280. Durante a sessão, atingiu a a mínima de R$ 2,0260.
No exterior, o dólar tinha leve queda ante outras moedas, com investidores aguardando pela reunião de ministros das Finanças da zona do euro.
"Com a praça de São Paulo fechada fica difícil e há pouquíssimos negócios no mercado", disse o gerente de tesouraria do Banco Daycoval, Gustavo Godoy, à agência Reuters. "Temos apenas que ficar de olho na reunião dos ministros das Finanças da zona do euro e possíveis novidades que podem vir. Fazer qualquer aposta antes é difícil".
O gerente acredita que a moeda americana não deve mudar de patamar nos próximos dias, permanecendo provavelmente entre R$ 2 e R$ 2,05. "Sabemos que, se a moeda cair abaixo de R$ 2, aumenta a possibilidade de o BC atuar."
Na semana passada, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, disse que o dólar abaixo de R$ 2 poderia não ser bom para a indústria e que o BC poderia intervir comprando dólares no mercado futuro caso necessário.
Após a declaração, o dólar, que era negociado próximo a R$ 1,98, voltou a subir acima de R$ 2.
Dando continuidade à cúpula de líderes da União Europeia no fim do mês passado, ministros das Finanças do bloco se reuniram nesta segunda para traçar planos para reforçar o bloco monetário.
Apesar do encontro, decisões como a ajuda aos bancos espanhóis e o uso dos fundos de resgate da zona do euro para compra títulos governamentais ainda podem levar meses para serem finalizadas.
Em troca do empréstimo de até 100 bilhões de euros da UE, a Espanha deve assinar um memorando de entendimento durante o encontro dos líderes em Bruxelas, que será seguido por um acordo de empréstimo em 20 de julho, disse uma fonte do governo espanhol à agência de notícias.