O dólar começou a semana praticamente estável, com o mercado de câmbio atento ao fluxo de recursos externos e à definição dos juros no Brasil. A moeda americana terminou o dia em baixa de 0,09%, cotada por R$ 2,272 na compra e R$ 2,274 na venda. Operando em patamar recorde, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 1,55% às 17 horas, com o Índice Bovespa em 36.453 pontos.
O feriado nos Estados Unidos, em homenagem a Martin Luther King, reduziu o volume de negócios. Ainda assim, não impediu o ingresso de recursos externos ao país, via receita de exportações. Pela manhã, a cotação chegou a subir 0,53%, resultado da liquidez reduzida e de um pequeno receio de uma queda de juros maior este mês.
- O dia não teve muitas notícias que influenciassem o dólar e os investidores apenas monitoraram as expectativas. O fluxo levemente positivo foi suficiente para anular as pressões de cautela - disse o gerente de mesa de câmbio de um grande banco.
Apesar de terem operado em baixa durante todo o dia, as projeções dos juros negociadas no mercado futuro continuaram a mostrar aposta predominante em um corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic. De acordo com cálculos do mercado, a aposta média na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) foi de um corte de 0,56 ponto na taxa básica, hoje de 18% ao ano.
O principal destaque do dia para o mercado futuro de juros foi a divulgação do Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central junto a cem instituições financeiras. O mercado elevou a perspectiva de inflação de 4,50% para 4,58% neste ano. No entanto, aumentou de 0,50 para 0,75 ponto percentual a previsão de queda da taxa Selic. Na prática, no entanto, as apostas continuaram mais conservadoras, já que as apostas do mercado futuro não mostraram alteração das projeções.
O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril fechou com taxa de 17,16% ao ano, contra 17,19% do fechamento de sexta-feira. O DI de outubro teve a taxa reduzida de 16,27% para 16,23% anuais. A taxa de janeiro de 2007 recuou de 16,07% para 16,01% anuais.