O dólar fechou quase estável ante o real pela segunda sessão seguida nesta quarta-feira (25), após um leilão de compra de dólares no mercado à vista feito pelo Banco Central. Segundo operadores, a atuação do BC impediu que o dólar caísse e acompanhasse o movimento externo após a decisão do Federal Reserve (banco central norte-americano).

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A moeda norte-americana encerrou em leve alta de 0,06%, cotada a R$ 1,8835 na venda. Durante o dia, a moeda oscilou entre R$ 1,8760 e R$ 1,8885.

"O Banco Central continua entrando no mercado e querendo absorver o fluxo de entrada de dólares no país. Essa atuação impediu que o dólar caísse mais ante o real", disse o operador de câmbio da Interbolsa do Brasil Moacir Marcos Júnior, acrescentando que pode ter ocorrido entrada de dólares impulsionada pela abertura de capital de companhias, como a do banco BTG Pactual.

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Assim como na véspera, o BC voltou a fazer apenas um leilão de compra de dólares no mercado à vista, mas agora por volta das 12h, com taxa de corte de R$ 1,8818. Isso fez com o que a moeda fosse anulando as perdas registradas durante a manhã.

Em seguida, o dólar passou a operar em leve alta, ainda sob impacto do leilão e acompanhando alguma piora do cenário externo. À tarde, no entanto, depois que Fed fez projeções melhores sobre a economia dos Estados Unidos, o mercado externo teve alguma melhora e dólar se enfraqueceu.

Bernanke, afirmou nesta quarta-feira que a instituição "não hesitaria" em lançar uma nova rodada de compras de títulos para reduzir os custos dos empréstimos se a economia precisar.

Para o operador, portanto, a atuação do BC impediu que o movimento do dólar acompanhasse o exterior e caísse. Ante uma cesta de divisas, por exemplo, a moeda tinha queda de 0,21% no final desta tarde.

O estrategista-chefe do Banco WestLB, Luciano Rostagno não viu tanto impacto das declarações do Bernanke, apesar de acreditar que tiveram um viés mais otimista, e destacou que o mercado tem se prendido a intervenção do BC.

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"A atuação do Banco Central é que está fazendo a diferença. O euro está subindo ante o dólar, mas aqui a moeda está descolada do exterior", afirmou ele.

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