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O dólar ficou perto da estabilidade ante o real nesta terça-feira, dando uma pausa nas recentes quedas no dia em que o Banco Central (BC) retomou as compras duplas de moeda, o que não ocorria havia seis sessões.

A taxa de câmbio teve variação positiva de 0,06 por cento, a 1,5908 real na venda, após cair por três dias seguidos, nos quais acumulou baixa de 2,3 por cento. Nesta sessão, no entanto, chegou a subir 0,89 por cento. No mês, a divisa ainda soma apreciação de 2,6 por cento.

A calmaria no mercado de câmbio ganhou corpo à tarde, contrastando com a montanha-russa da semana passada, quando o dólar registrou variações em torno de 2 por cento em meio à forte volatilidade que se instalou nas praças financeiras globais, devido a preocupações com os Estados Unidos e a Europa.

Na ocasião, o BC interrompeu as duas compras de dólares diárias que fazia no segmento à vista, após a cotação se aproximar de 1,66 real na venda, maior nível desde o final de março.

Nesta sessão, contudo, a autoridade monetária voltou a realizar duas operações, definindo como corte as taxas de 1,5902 real e 1,5920 real.

"Deve ter entrado alguma coisa (fluxo) à tarde, por isso o BC comprou de novo", afirmou o operador de câmbio da corretora Renascença José Carlos Amado. "Isso não indica necessariamente alguma mudança estratégica nas atuações do BC. Acho que como hoje a volatilidade foi menor e deve ter tido fluxo à tarde, o BC se sentiu mais confortável para voltar a fazer dois leilões."

Ainda assim, o cenário externo seguiu no radar dos investidores. O euro e as bolsas de valores nos Estados Unidos e no Brasil recuaram, após os líderes de França e Alemanha terem apresentado propostas que falharam em amenizar temores com a crise de dívida na Europa.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, concordaram em propor um imposto sobre transações financeiras e buscar uma governança econômica mais coordenada na zona do euro .

As sugestões frustraram investidores, que esperavam a discussão de um aumento do fundo de resgate europeu e da venda de títulos comuns do bloco.

Na quarta-feira, o cenário internacional continuará na mira dos agentes, mas os números de fluxo cambial doméstico de agosto também serão acompanhados. A divulgação está prevista pelo BC para 12h30 e incluirá o saldo do mês atualizado até a última sexta-feira.

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