O dólar ficou praticamente estável nesta terça-feira, em uma sessão de volume fraco e poucas oscilações diante da expectativa com a possibilidade de novas medidas do governo no câmbio.

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A falta de uma tendência clara no mercado externo em meio a notícias sobre a dívida de países da zona do euro colaborou para manter o dólar em torno de 1,69 real.

A moeda norte-americana teve variação negativa de 0,06 por cento, para 1,687 real.

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O volume registrado em operações D+1 e D+2 (com liquidação em até dois dias úteis) na clearing de câmbio da BM&FBovespa era de 1,4 bilhão de dólares pouco antes do fechamento, ante média de mais de 3 bilhões de dólares na semana passada.

Profissionais de mercado estão cautelosos diante da possibilidade de que o governo anuncie novas medidas para conter a valorização do real e proteger as exportações. Entre as opções aventadas estão o retorno dos leilões de swap cambial reverso, que são como uma compra de dólares no mercado futuro.

No exterior, enquanto o mercado brasileiro fechava, o dólar se mantinha estável em relação a uma cesta com as principais divisas e o euro subia apenas 0,1 por cento.

A discreta alta do euro ocorreu após fontes afirmarem à Reuters que as autoridades da União Europeia devem discutir um aumento da capacidade efetiva da linha de crédito emergencial para os países altamente endividados. Além disso, pela manhã, o Japão disse que comprará bônus europeus.

Apesar dos sinais de otimismo desta sessão, a dívida de países como Portugal ainda é vista como um dos principais fatores de risco a serem monitorados.

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"Temos risco na rolagem das dívidas, algo que temos que ficar atentos a países como a Itália, cuja necessidade de financiamento é de 22,4 por cento do PIB (Produto Interno Bruto), Portugal, 19,4 por cento, Grécia, 20,9 por cento", disse Nathan Blanche, sócio-diretor da Tendências Consultoria Integrada, em participação no chat do Trading Brazil, comunidade da Thomson Reuters para o mercado financeiro.

"Sou vendedor de euro", acrescentou Blanche, que previu dólar a 1,80 real no fim de 2011 e a 1,83 real no fim de 2012.

"O dólar depreciado traria mais inflação, mas não acreditamos que o Banco Central permita que a taxa de câmbio suba acima de 1,80, em 2011. Seria um tiro no pé do BC", acrescentou.