Os índices Dow Jones e S&P 500 operavam em queda nesta segunda-feira, com o dólar mais forte pressionando o mercado, embora estímulos monetários e sinais de melhora na economia dos Estados Unidos limitassem as perdas.
O dólar tem operado em forte relação inversa com as bolsas norte-americanas. A retirada de posições vendidas em dólar iniciada na sexta-feira, após dados sólidos sobre o emprego nos EUA, ganhava força nesta segunda-feira, enquanto preocupações sobre a dívida na Europa prejudicavam o euro.
As bolsas de Nova York subiram por cinco semanas consecutivas e ultrapassaram níveis vistos antes da falência do Lehman Brothers. A alta foi ajudada pelas vitórias do Partido Republicano nas eleições parlamentares dos EUA e pelos planos do Federal Reserve de comprar 600 bilhões de dólares em dívida governamental para reanimar a recuperação econômica.
Nicholas Colas, estrategista-chefe de mercado do ConvergEx Group em Nova York, disse que o dólar mais valorizado está pressionando as ações após as altas recentes, mas acrescentou que a tendência ainda é positiva.
"Nós ainda estamos em um ambiente em que o mercado está em tendência de alta", disse ele. "É o 'quantitative easing', é a esperança pela continuidade de números econômicos melhores, como nos tivemos no relatório sobre emprego de sexta-feira."
Às 14h02 (horário de Brasília), o índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, caía 0,7 por cento, para 11.366 pontos. O índice Standard & Poor's 500 cedia 0,68 por cento, a 1.217 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq perdia 0,26 por cento, para 2.572 pontos.
O setor financeiro liderava as perdas, com o índice financeiro do S&P caindo 0,7 por cento, pressionado pelo Wells Fargo, que recuava 1,5 por cento e pelo State Street, que declinava 1,9 por cento.
Os preços de metais caíam com a apreciação do dólar, enquanto os futuros do petróleo tinham queda de 0,6 por cento, para 86 dólares o barril, saindo de máximas em dois anos. O ouro tinha a primeira desvalorização em três pregões, mas continuava perto de níveis recordes.
As ações da Alcoa, maior produtora de alumínio dos EUA, recuavam 1,4 por cento, enquanto a Exxon Mobil cedia 0,3 por cento. Ajudando o Nasdaq, a Intel ganhava 1,1 por cento, após o UBS elevar a nota da ação de "neutro" para "compra".
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