O dólar se manteve perto de 1,67 real pelo quinto dia seguido nesta quarta-feira, com o mercado atento à possibilidade de um primeiro leilão de compra de dólares a termo pelo Banco Central.
A moeda norte-americana terminou a 1,671 real, mesmo nível de terça-feira. Desde quarta-feira passada a moeda não tem uma variação superior a 0,06 por cento no fechamento.
Enquanto o mercado local encerrava as operações, o dólar tinha baixa de 0,04 por cento em relação às principais moedas, e o índice Reuters-Jefferies de commodities se valorizava 1,6 por cento.
A intervenção do Banco Central se resumiu a dois leilões de compra de dólares no mercado à vista, com liquidação em dois dias úteis. O mercado, no entanto, passou o dia monitorando a possibilidade de um leilão a termo, com liquidação mais longa.
O BC regulamentou a nova modalidade de intervenção por meio de carta-circular publicada na tarde de terça-feira.
"A questão é se ele vai aumentar o volume ou não (das compras)", disse o operador de um banco nacional, indicando que os leilões a termo poderão comprar dólares com mais antecedência e, portanto, podem ter um volume maior que as atuais intervenções. "Mas não ia ter tanto impacto direto (sobre o câmbio nesta quarta-feira), porque se vc fizer um leilão no 'spot' (à vista) e no a termo com o mesmo volume, praticamente não tem diferença nenhuma."
Embora não tenha provocado a alta do dólar, a intervenção do governo tem retirado a volatilidade da moeda norte-americana nos últimos dias. O dólar não sobe diante do expressivo fluxo de capitais para o país, mas também não recua por causa da probabilidade de uma atuação mais dura do governo.
Além dos leilões de compra no mercado à vista, o BC tem oferecido neste mês contratos de swap cambial reverso --o equivalente a uma compra de dólares no mercado futuro.
Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, afirma que o BC pode ainda rever o limite estabelecido para o depósito compulsório sobre as posições vendidas de dólares. O depósito foi estabelecido neste mês, com validade a partir de abril, sobre as posições vendidas superiores a 3 bilhões de dólares ou ao patrimônio de referência das instituições.
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