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O dólar interrompeu uma seqüência de três altas consecutivas e terminou a quinta-feira em queda de 1,14%, a R$ 2,159 na compra e R$ 2,161 na venda. O bom humor do mercado cambial, contudo, não se refletiu nos negócios da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O Ibovespa encerrou a quinta-feira com redução de 2,62%, para 36.312 pontos (volume financeiro de R$ 2,125 bilhões). Na semana, a queda já chega a 7,46%.

O Ibovespa até tentou uma recuperação no início da manhã, mas não se sustentou depois da abertura negativa das bolsas em Nova York. Novamente, houve mais venda do que compras na bolsa paulista, que fechou em queda pelo quarto dia consecutivo. Segundo um analista, investidores estrangeiros retiraram aplicações do país atraídos pela alta da rentabilidade dos títulos do Tesouro americano. Ainda que os juros sejam menores, é sempre mais seguro investir em um país desenvolvido do que em um emergente, a não ser que as taxas sejam muito vantajosas. No caso do Brasil, a Selic caiu pela sexta vez consecutiva (para 16,5% ao ano). A taxa ainda é muito alta, mas, normalmente, logo após uma queda dessa proporção a tendência é que as aplicações de estrangeiros fiquem um pouco menores.

- A explicação para a queda da bolsa paulista hoje é realmente a saída dos estrangeiros. Lá fora, as bolsas caíram também, mas não por conta de tantas incertezas e sim por alguns resultados não satisfatórios de empresas. Aqui no Brasil, não há motivo para uma queda tão grande novamente - afirmou o analista.

Entre as ações mais negociadas na Bovespa estiveram Petrobras PN, TOTVS ON e Light ON. As principais baixas foram de Light ON (7,61%), Tran Paulista PN (5,04%) e TIM Part ON (4,83%). Subiram Sabesp ON (1,80%), CRT Celular PNA (1,22%), Sadia PN (0,55%), Cesp PN (0,42%) e Telesp PN (0,19%).

Dólar

A compra de dólares no mercado à vista pelo Banco Central não foi suficiente para inverter a tendência de desvalorização da moeda, que já abriu o dia em queda. Na mínima, o dólar foi vendido a R$ 2,154 (redução de 1,46% sobre o fechamento de quarta-feira). O leilão do Banco Central durou apenas dez minutos, das 15h08m às 15h18m. Foram aceitas dez propostas, com uma taxa de corte fixada em R$ 2,172. Foi a segunda compra do BC no mercado à vista nesta semana. Já o leilão de swap cambial reverso, que vinha ocorrendo desde o início de dezembro, não ocorre há dois dias.

O dólar seguiu a queda do risco-país, que mede a percepção do investidor estrangeiro sobre a economia brasileira. O risco-país caiu dois pontos nesta quinta-feira, ficando em 235 pontos centesimais. Na máxima, chegou a 239 pontos e na mínima, a 230. Na Argentina, o risco caiu 4 pontos, para 369 pontos-base. Os títulos brasileiros apresentaram estabilidade. O Global 40, título de 40 anos, fechou com alta de 0,19%, para 129,88% do valor de face. O A-Bond subiu 0,34%, para 109,50% do seu preço.

Juros

Os juros futuros terminaram o dia em queda nos contratos de curto e longo prazos, seguindo a desvalorização do dólar. O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril de 2006 passou de 16,52% para 16,50% (-0,18%) e o de julho, também deste ano, ficou em 15,84, contra 15,94% no fechamento anterior (-0,63%).

O contrato de outubro de 2006 passou de 15,54% para 15,43% (-0,71%) e o de abril de 2007 ficou em 15,04%, ante 15,14% na quarta-feira (-0,66%). O contrato de janeiro de 2007, o mais líquido, passou de 15,30% para 15,20% (-0,65%). A taxa básica caiu pela sexta vez consecutiva, ficando em 16,5% ao ano.

- Já esperávamos uma leve queda nos juros futuros nesta quinta-feira, já que o placar no Copom (seis votos para a redução de 0,75 ponto da Selic e três para a queda de um ponto) já indica um viés de queda na próxima reunião do BC - disse Voss.

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