O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira, num movimento de ajuste após a alta superior a 1 por cento na véspera, favorecido pela fraqueza da moeda no exterior e pela estabilização dos mercados acionários globais.
O dólar caiu 0,49 por cento, a 1,624 real na venda, reduzindo a apreciação acumulada em maio a 3,24 por cento.
No mesmo horário, a moeda norte-americana recuava 0,3 por cento contra uma cesta de divisas, refletindo a recuperação do euro das mínimas em dois meses atingidas na véspera.
"(O dólar) está devolvendo parte da alta por conta da forte aversão a risco criada ontem", comentou Victor Asdourian, operador de câmbio da Hencorp Commcor Corretora. "O mau humor de ontem fez com que algumas pessoas procurassem dólar, mas hoje deu uma estabilizada e, com isso, a cotação encontra espaço para cair."
Na véspera, uma onda de aversão a risco provocada por temores com a crise de dívida na Europa levara o dólar à máxima em quase um mês e meio ante o real. O principal índice das ações domésticas caíra a outro piso desde julho de 2010, e as principais bolsas de valores em Nova York desceram ao menor patamar em um mês.
Números da BM&FBovespa confirmaram que boa parte da valorização do dólar na segunda-feira decorreu da redução nas apostas contra a moeda por parte de investidores estrangeiros.
Naquele dia, os não-residentes diminuíram para cerca de 16,8 bilhões de dólares as posições vendidas em dólar nos mercados de dólar futuro e cupom cambial (DDI). Na sexta-feira, essas posições estavam em 17,4 bilhões de dólares.
Nesta sessão, contudo, as preocupações com a situação de dívida em países da zona do euro deram uma breve trégua, abrindo espaço para a alta do petróleo negociado nos EUA. Ações do setor de energia subiam e ofereciam algum alívio aos mercados de ações globais.
"Os fluxos vindos da Ásia continuam positivos, com aumento na demanda por reais, como esperado. Estou mais neutro... vendendo moeda acima de 1,6330/1,6350 (dólar)", disse o operador de um banco estrangeiro.
Os agentes financeiros vão acompanhar na quarta-feira os dados mais atualizados do fluxo cambial ao país, com divulgação prevista pelo Banco Central às 12h30. De acordo com os últimos números, as entradas de recursos superaram as saídas em 8,809 bilhões de dólares nas duas primeiras semanas do mês.
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