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Após os avanços recentes, o dólar emplacou a segunda queda consecutiva no Brasil. O dólar à vista encerrou esta segunda-feira (24) cotado a R$ 5,3904 na venda, em baixa de 0,94%. O movimento foi favorecido pela busca por moedas de maior risco em todo o mundo e com investidores à espera de divulgações importantes ao longo da semana.
Nos dois últimos dias úteis, a moeda norte-americana acumulou baixa de 1,31%. Na quinta (20), a moeda norte-americana registrou o maior valor de fechamento em quase dois anos, atingindo R$ 5,46.
A queda do dólar ante o real ocorreu em paralelo à alta firme do Ibovespa e da queda das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), em um dia de modo geral positivo para os ativos brasileiros. A sessão transcorreu sem a divulgação de indicadores importantes e sem declarações de autoridades em Brasília que gerassem ruídos.
Investidores também aguardam a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a ser divulgada na terça-feira (25). O documento trará mais detalhes sobre a manutenção da taxa Selic em 10,50% na semana passada, em decisão unânime.
Além disso, há expectativa pela divulgação de dados econômicos importantes no Brasil e no exterior ao longo da semana, como o IPCA-15 brasileiro na quarta (26) e o índice de inflação PCE norte-americano na sexta (28).
Ibovespa tem quinta alta consecutiva
O Ibovespa avançou e registrou a quinta alta consecutiva. Os destaques do pregão foram o Magazine Luiza, que disparou 12% depois do acordo com o AliExpress, enquanto a Sabesp avançou 4% após o lançamento de oferta de ações que privatizará a companhia de saneamento básico paulista.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com acréscimo de 1,07%, a 122.636,96 pontos. O Ibovespa marcou 121.307,01 pontos na mínima e 122.839,73 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$ 18,08 bilhões.
"Nós estamos quase no zero a zero no mês e com uma queda de cerca 9% ainda no ano. Não me parece uma vitória", disse o diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos, ressaltando, contudo, que a decisão unânime do Copom foi um grande alivio.
Ele destacou que a maioria dos indicadores macroeconômicos mostra um cenário benigno, com inflação corrente em um nível razoavelmente bom, desemprego baixo, massa salarial crescendo, contas externas muito boas, assim como a previsão de crescimento para o PIB em torno de 2% parece bem razoável também.