O dólar recuou - ainda que discretamente - pelo terceiro dia seguido nesta sexta-feira (15), mas teve alta na semana.
A moeda norte-americana caiu 0,13%, fechando a R$ 1,576 na compra e a R$ 1,578 na venda.
Na semana, o dólar subiu 0,25%, mas no mês de abril acumula queda de 3,25%. No ano, a desvalorização atinge 5,28%."Se nada de novo com relação a medidas acontecer, se nada de muito ruim no exterior ocorrer, o dólar deve manter essa tendência de baixa", comentou Victor Asdourian, operador de câmbio da Hencorp Commcor Corretora.
"É fato que as quedas diminuíram de intensidade porque tem havido saída de recursos e o Banco Central continua atuando, mas no curto prazo sem grandes surpresas o dólar devem seguir em baixa."
O mercado tem se sentido mais confortável para vender dólares após notícias na mídia sugerirem que o governo toleraria um real mais forte nos esforços contra a inflação. Mas, após seguidas quedas, parte dos players resolveram dar uma pausa e recompor posições, o que vem limitando recuos mais acentuados.
De todo modo, algumas intituições começaram a rever suas projeções para a taxa de câmbio para o final deste ano. Uma delas foi o HSBC, que reduziu a estimativa para o dólar este ano de R$ 1,60 a R$ 1,52, menor cotação desde janeiro de 1999.
Para os analistas Constantin Jancso e Marjorie Hernandez, o movimento deve ser gradual e continuará governado pelo ingresso de recursos financeiros em níveis "sem precedentes" e pelo patamar mais elevado dos termos de troca.
A despeito do saldo negativo de US$ 14 milhões em abril até dia 8, o superávit cambial já soma US$ 35,578 bilhões em 2011, bem mais que os US$ 24,354 bilhões apurados em todo o ano passado.
Na próxima semana, investidores vão continuar atentos aos números de fluxo cambial e, também na quarta-feira, à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a Selic, para a qual não há consenso entre elevação de 0,25 ou 0,50 ponto percentual.
Atualmente em 11,75% ao ano, a elevada taxa de juro é apontada por alguns profissionais como um dos fatores responsáveis pela grande quantidade de capitais que tem ingressado ao país.
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