O dólar caiu no primeiro dia de negociações sob o novo limite de exposição cambial definido pelo Banco Central, refletindo fortes ingressos de recursos - especialmente no setor de energia, segundo analistas de mercado - e a melhora dos mercados internacionais. Nesta segunda-feira (11), o dólar recuou 0,97% e fechou a R$ 1,941, refletindo a alta na Bovespa.
Na noite de sexta-feira (8), o BC apertou os limites de exposição cambial dos bancos com medidas que entram em vigor imediatamente ou em 2 de julho. Entretanto, de acordo com o mercado, as regras devem ser inócuas, uma vez que no curto prazo a tendência é mesmo de desvalorização da moeda.
Dólares em circulação
Segundo Paulo Fujisaki, analista de mercado da Corretora Socopa, o ponto chave do movimento cambial é o superávit comercial e financeiro que a economia brasileira vem apresentando. Além disso, segundo ele, o juro brasileiro ainda é alto - e, portanto, atraente para o investidor estrangeiro, que vê bons ganhos por aqui.
Para Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, o efeito das medidas do BC deve ser visto na velocidade de queda do dólar, que poderá diminuir. "Talvez não tenha tanto fôlego para ir a R$ 1,80 como alguns economistas imaginavam", disse ela, lembrando que a AGK ainda prevê dólar a R$ 1,97 no fim do ano.
O Banco Central fez leilão de compra de dólares no mercado à vista e aceitou ao menos dez propostas nesta sessão, mas a operação não foi suficiente para enxugar o excesso de dólares circulando no mercado.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
“Esmeralda Bahia” será extraditada dos EUA ao Brasil após 9 anos de disputa
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast