O dólar comercial fechou o pregão em alta de 1,13%, renovando pelo quarto dia consecutivo o recorde de valor nominal.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo.
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O dólar comercial fechou esta segunda-feira (2) cotado a R$ 6,06 na venda, alta de 1,13%, renovando pelo quarto dia consecutivo o recorde de valor nominal. Durante a sessão, a moeda americana oscilou entre R$ 6,09 na máxima e R$ 5,99 na mínima.

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Além da desconfiança sobre o pacote fiscal, a moeda americana também foi influenciada pela ameaça do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar em 100% os países dos Brics, caso o bloco adote uma alternativa ao dólar em transações comerciais.

A adoção de uma nova moeda de referência é defendida pelo presidente Lula e deverá ser uma das principais bandeiras do país, que presidirá o bloco a partir de 2025. No sábado (30), Trump exigiu que o bloco assumisse o “compromisso” de não substituir o “poderoso dólar dos EUA”.

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“Eles podem ir encontrar outro ‘otário’! Não há nenhuma chance de que os Brics substituam o dólar dos EUA no comércio internacional. Qualquer país que tente deve dizer adeus à América”, disse o republicano nas redes sociais.

Já no cenário local, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha de R$ 5 mil a R$ 6.980 segue incomodando o mercado financeiro. A proposta foi anunciada junto com o pacote de corte de gastos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a medida será compensada pela maior tributação para pessoas que ganham acima de R$ 50 mil. A pasta prevê uma economia de mais de R$ 70 bilhões com o pacote fiscal.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), registrou baixa de 0,24% e terminou o dia aos 125.235 pontos.

Recordes consecutivos do dólar

O dólar bateu R$ 5,91 na última quarta-feira (27) após o vazamento da proposta de ampliação da isenção do IR. Um dia depois, a moeda americana atingiu R$ 5,98 no fim da sessão diante do mau humor do mercado com o pacote fiscal.

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Entre as principais críticas, analistas do mercado financeiro apontam que as medidas anunciadas são consideradas modestas e podem ser insuficientes para garantir o equilíbrio fiscal no longo prazo.

Já na sexta-feira (29), o dólar fechou o pregão cotado a R$ 6 pela primeira vez na história, renovando então o recorde de valor nominal pelo terceiro dia consecutivo. Na ocasião, o dólar chegou a bater R$ 6,11. Após a abertura do mercado, seguiu oscilando entre R$ 6,02 e R$ 6,03 no começo das negociações e entre R$ 6,08 e R$ 6,11 uma hora depois.

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