Dólar repete 2009 e fecha a R$ 2,30

O dólar comercial encerrou o pregão de ontem com alta de 0,87%, a R$ 2,302 para venda, maior patamar desde 31 de março de 2009. Era esperada uma intervenção do Banco Central para segurar a moeda americana, mas ela não ocorreu. A valorização ocorreu após a divulgação de dados melhores que o esperado da economia dos EUA. Uma saída mais forte de divisas do país pela manhã reforçou a desvalorização do real, segundo operadores.

Os indicadores divulgados ontem sugerem que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode reduzir ainda neste ano as compras de títulos públicos, segundo o economista Daniel Cunha, da corretora XP. A expectativa de redução dos estímulos valorizou o dólar nos últimos meses, antes de a quantidade de moeda em circulação diminuir. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que ainda não sabe se o câmbio atingiu um novo patamar. "O câmbio tem sido volátil por causa do Fed. Temos uma volatilidade que já dura há mais de um mês. Mas se houve mudança de patamar, eu não sei", afirmou.

O cenário de recuperação da economia americana ganhou força com a divulgação de que foram feitos 326 mil novos pedidos de seguro-desemprego, menos do que os 345 mil esperados pela média dos economistas consultados pela agência de notícias Bloomberg. O índice ISM, que mede a atividade industrial, também mostrou expansão da atividade em julho, para 55,4 pontos, em uma escala de 0 a 100.

Bolsa

A bolsa de São Paulo fechou com alta de 1,88%, aos 49.140 pontos. Ações da OGX Petróleo avançaram 1,52%, depois da divulgação da primeira prévia da nova composição do Ibovespa. A petrolífera terá participação elevada de 2,02% para 4,39% no começo de setembro. Fundos que precisam reproduzir a composição do Ibovespa devem ter de elevar as compras de papéis da OGX no fim de agosto. Então investidores tentam se antecipar a essa necessidade e reforçaram as compras dos papéis.