O dólar acentuava ainda mais a curva de declínio nesta quinta-feira e seguia nos menores níveis desde maio do ano passado, com o cenário externo favorecendo o ingresso de recursos.

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Às 11h48, a divisa norte-americana era vendida a 2,111 reais, em baixa de 0,61 por cento. Na mínima do dia, a moeda chegou a ser negociada a 2,109 reais, o menor valor desde 11 de maio de 2006.

Na véspera, o Federal Reserve manteve o juro conforme esperado e indicou que os riscos inflacionários devem diminuir, sugerindo um corte na taxa de juro ainda este ano.

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Juros menores nos EUA melhoram a atratividade dos ativos de países emergentes, engrossando o fluxo de ingressos para o Brasil.

Dados desta manhã mostraram que a renda pessoal nos EUA aumentou em dezembro, enquanto o núcleo do índice de preços PCE -medida favorita do Fed- subiu abaixo do esperado.

``Está se criando uma expectativa forte no exterior, o risco-país despenca, então não tem perspectiva de que o dólar vá mudar de rumo'', disse Paulo Fujisaki, analista de mercado da corretora Socopa. O risco Brasil seguia em 187 pontos-básicos sobre os Treasuries nesta manhã.

``E apesar do superávit comercial ter sido menor que os anteriores, o otimismo continua, as exportações foram boas, as importações também foram boas'', completou o analista.

A balança comercial brasileira registrou superávit de 2,494 bilhões de dólares em janeiro, com exportações de 10,963 bilhões de dólares e importações de 8,469 bilhões de dólares.

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Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indicou na ata da última reunião, publicada nesta manhã, que manterá um ritmo de cortes graduais no juro -que, portanto, seguirá atrativo aos investidores estrangeiros por algum tempo.

De acordo com Júlio César Vogeler, operador de câmbio da corretora Didier Levy, a queda acentuada do dólar se iniciou nos contratos futuros.

``O dólar rompeu um suporte no futuro de 2,120 (reais) e quando rompeu, começou a correria, o pessoal está ficando mais vendido'', comentou ele, ressaltando que a liquidez maior está no futuro e o mercado à vista acompanha o movimento.

No contrato de dólar para março na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o mais negociado do pregão, a cotação estava em torno de 2,117 reais.

``O BC não tem o que fazer, daqui a pouco deve voltar com o swap reverso'', disse Vogeler.

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O Banco Central têm mantido os leilões diários de compra de dólares, mas apenas consegue segurar um pouco o ritmo de queda do dólar. Os leilões de swap cambial reverso, que têm efeito de compra futura de dólares, são feitos esporadicamente, com intuito de rolar vencimentos.