Mesmo após a realização de leilões pelo Banco Central, o dólar fechou em alta frente ao real nesta quinta-feira (29), na esteira das perdas dos mercados acionários e da valorização global da divisa norte-americana.

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O dólar fechou a R$ 2,294, com avanço de 0,83%, depois de ter chegado a cair quase 1% durante a manhã.

"Apesar do leilão, que ajudou a dar uma queda (durante a manhã), o dólar inverteu a tendência com a piora do cenário lá fora", avaliou Luis Piason, gerente de operações de câmbio da corretora Concórdia, referindo-se ao leilão de venda de dólares com compromisso de recompra realizado pelo Banco Central.

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A autoridade monetária vendeu US$ 675 milhões nessa operação e realizou ainda um leilão de venda de dólares no mercado à vista durante a tarde.

Nos Estados Unidos, os mercados acionários recuavam mais de 2% e o dólar subia quase 1% frente a uma cesta com as principais moedas globais, diante de novos dados econômicos pessimistas.

As vendas de novas moradias nos EUA atingiram o menor patamar da história do índice, enquanto o número de pedidos de auxílio-desemprego contínuos atingiu recorde de alta. As encomendas de bens duráveis, por sua vez, caíram pelo quinto mês seguido.

Piason acrescentou que a volatilidade do mercado de câmbio nesta sessão foi estimulada pela proximidade do fechamento da última Ptax (taxa média do dólar) do mês, referência para liquidação de contratos futuros e outros derivativos.

Véspera

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Na quarta-feira, o dólar comercial fechou em queda, valendo R$ 2,275, com desvalorização de 2,36%, na cotação mínima registrada no pregão.

O dólar perdeu valor frente a uma série de moedas, graças ao bom desempenho das bolsas mundiais. "A tendência do dólar é, ao longo do tempo, se estabilizar e até apresentar uma leve queda, à medida que a crise for se dissipando", afirmou Marcos Forgione, mencionando a forte ligação do mercado de câmbio doméstico ao cenário externo.