O dólar opera em baixa nesta sexta-feira (17), seguindo a tendência dos principais mercados internacionais, que operam em alta. Por volta das 9h20, a moeda americana era negociada em desvalorização de 0,78%, aos R$ 2,14.
Apesar da sinalização externa positiva no início do pregão, a cautela ainda é a palavra de ordem entre os investidores. "O ambiente econômico global ainda está muito negativo, especialmente nos Estados unidos, onde vimos uma queda dramática na produção industrial", diz Thierry Lacraz, estrategista do banco suíço Pictet em Genebra.
Indicadores
No dia, os investidores continuam monitorando indicadores econômicos internacionais e desdobramentos dos planos contra a crise financeira, bem como resultados trimestrais de empresas.
O destaque é nos Estados Unidos, onde será divulgado o nível de confiança dos consumidores do país, medido pela Universidade de Michigan neste mês. A recuperação da economia americana depende principalmente das condições de consumo doméstico e, se os americanos estão pessimistas, a sinalização para o futuro se torna preocupante.
Ainda na agenda americana, o mercado toma conhecimento de novos indicadores do setor imobiliário referentes a setembro, como o de permissões e início de novas construções. Pregão da véspera
Na quinta-feira, depois de um pregão de forte volatilidade, o dólar diminuiu o ritmo de valorização na reta final do pregão, com a ajuda do Banco Central (BC). A moeda fechou negociada a R$ 2,163 na venda, com baixa de 0,13%. No dia, o dólar chegou a subir 4,5% pela manhã.
O BC interveio duas vezes no mercado no dia para conter a cotação do dólar. Uma operação de "swap cambial" - em que o Banco Central assume a flutuação da moeda em troca do pagamento de taxa de juros pelos compradores - movimentou US$ 1,8 bilhão. Além disso, a autoridade monetária também fez uma operação de venda direta à vista para investidores, no valor de US$ 1 bilhão.