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O dólar fechou em leve alta ante o real nesta terça-feira (29), após registrar ganhos de quase 1% durante o pregão, em mais um dia sem atuação do Banco Central. Segundo operadores, os investidores continuam acreditando que a moeda norte-americana não ultrapassará o patamar de R$ 2 tão cedo.

"O BC entrou mais forte na venda e evitou especulação (na semana passada), aí o dólar foi para esses níveis (pouco abaixo de R$ 1,99) e tende a ficar até que ocorra uma outro movimento maior de aversão ao risco", afirmou o diretor de tesouraria de um banco, que prefere não ser identificado.

O dólar encerrou o dia com alta de 0,16%, cotado a R$ 1,9864 na venda. Durante a maior parte do dia, a moeda registrou ganhos mais expressivos -chegando à máxima de R$ 2,0015, com alta de 0,92%- mas perdeu fôlego por causa de correções técnicas.

Segundo operadores, mesmo a maior alta vista neste pregão não seria suficiente para o BC entrar no mercado. Nesta terça-feira, o BC ficou novamente sem atuar, após intensificar sua ação na semana passada, fazendo leilões de swap tradicional -que equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro.

Na sexta-feira, o BC ainda chegou a fazer um leilão de swap logo pela manhã e com a moeda em torno da estabilidade, diferentemente de suas outras atuações, reforçando que está disposto a atuar quando julgar necessário. Neste dia, o dólar voltou a fechar abaixo de R$ 2.

"Não acredito que o BC vai atuar a qualquer preço e a qualquer volume. A alta vista hoje não foi suficiente para trazer o BC para o mercado, também não houve volume o suficiente", acrescentou ainda o diretor.

Para ele, a moeda deve se manter em torno de R$ 1,99, a não ser aumentar o movimento de aversão ao risco no exterior.Um operador, que também prefere não ser identificado, por sua vez, acredita que a alta do dólar pode ter sido um movimento de realização depois de algumas quedas seguidas.

Ele também acredita que o BC não entraria nos níveis vistos nesta terça-feira, sendo que o mais provável é que atuaria com a moeda depois dos R$ 2,05, patamar em que já interveio algumas vezes.

O operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio, Marcos Trabbold, ainda cita que o dólar pode ter reduzido os ganhos depois que o mercado viu que o BC não atuaria. "O dólar começou a fazer uma correção depois que não aconteceu nada. Ele só vai entrar se tiver necessidade, se subir muito", disse.

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