O dólar subiu ante o real nesta quinta-feira, copiando a performance global da divisa em um dia mais tranquilo nos mercados internacionais.
A taxa de câmbio subiu 0,38%, a R$ 1,589 na venda. No mesmo horário, o dólar avançava 0,3% contra uma cesta de divisas, em meio à queda do euro.
"Não tem um driver novo. Estamos mais uma vez acompanhando o dólar lá fora, enquanto o euro tem um dia ruim", disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
A moeda única europeia perdia terreno, mesmo após o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, sugerir elevação da taxa básica de juros no bloco em julho. Investidores pareciam já precificar tal movimento, o que pouco estimulava novas posições a favor da divisa europeia.
O operador de câmbio de um corretora paulista, que pediu anonimato, comentou que o acréscimo de 0,25 ponto percentual na taxa básica do juro brasileiro não chegou a influenciar os negócios, uma vez que já essa alta já era amplamente esperada.
"Todo mundo já sabia que ia subir 0,25 (ponto percentual). Não tem novidade alguma", afirmou.
Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu elevar a Selic para 12,25 por cento. Em texto que acompanhou o anúncio da decisão unânime, o comitê reiterou a visão de necessidade de um ajuste monetário "por um período suficientemente prolongado" .
O BC novamente realizou só um leilão de compra de dólares no mercado à vista, com taxa de corte de R$ 1,5886.
Segundo Galhardo, "o BC sabe o que entra de dólares e o que sai e, se não está fazendo dois leilões, é porque enxerga que não há nenhum movimento excessivo ou que possa causar volatilidade".
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